Derrotado nas eleições bolivianas, o direitista Carlos Mesa – o Aécio Neves boliviano – formou uma aliança com outros setores golpistas para forçar o segundo turno das eleições para derrotar o atual presidente vitorioso no último pleito Evo Morales.
A aliança é formada por governadores e empresários do país, como Rubén Costas, governador de Santa Cruz, o candidato de direita Óscar Ortiz, o empresário Samuel Doria Medina, líder da Unidade Nacional, e Fernando Camacho, executivo do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, da direita radical, entre outros.
A aliança de direita intitulada “Coordenação de Defesa da Democracia” foi anunciada na quarta-feira (23) e tem objetivos golpistas para forçar o segundo turno e tentar destituir o presidente reeleito Evo Morales, dirigente de um ala esquerda do regime boliviano.
Segundo a direita, cinicamente, Morales teria organizado uma fraude eleitoral, com as autoridades das eleições, para vencer no primeiro turno e impedir a ascensão dos candidatos de direita. É totalmente cínico, um vez que quem fraude as eleições ao redor do mundo é justamente a direita apoiada pelo imperialismo.
Na época, em 2014, Aécio Neves utilizou o mesmo argumento para tentar destituir Dilma Rousseff, que havia ganho as eleições no Brasil, sendo que todos sabem que a fraude real foi realizada pela direita para tentar eleger Aécio e se ele conseguiu um resultado tão alto foi justamente por conta da fraude direitista. Na Bolívia, ocorre a mesma coisa: a direita golpista que frauda as eleições acusam a esquerda da fraude para dar um golpe.
Os golpistas bolivianos têm total apoio de organizações do imperialismo como a OEA, que tem promovido golpes em todos os países.