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Bolívia

Operários e camponeses tomam Cochabamba e La Paz

Trabalhadores não aceitam o golpe e desafiam repressão da direita, colocando o país em uma situação de guerra civil

Dia 10 de novembro Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia forçado pelos militares bolivianos. Naquele mesmo dia, o presidente da Bolívia aceitou chamar novas eleições, 20 dias depois de vencer em primeiro turno as eleições do dia 20 de outubro. A direita aproveitou essa capitulação de Evo Morales para pressionar mais e derrubar o governo. No entanto, se a direita golpista imaginava que poderia estabilizar a situação a partir da derrubada do presidente, a realidade ficou muito longe disso. Como no Chile e no Equador, a Bolívia também está de pé contra a política neoliberal, por meio das mobilizações em defesa do governo de Evo Morales.

 

O golpe é instável

 

Imediatamente depois da “renúncia” do governo do MAS (Movimiento Al Socialismo), a população começou a se mobilizar contra o golpe. A direita golpista teve que colocar os militares na rua para conter a população à força, diante do fato de que a polícia não foi capaz de fazer frente às manifestações. Na última sexta-feira (15), a repressão chegou ao seu ponto mais violento até o momento, matando nove pessoas ao impedir uma marcha de camponeses em Cochabamba de entrar no centro da cidade. Mas isso não está detendo a revolta da população contra o golpe, que continua apesar da brutalidade da direita golpista.

 

Ocupação de Cochabamba e La Paz

 

Na madrugada do último domingo, diversos movimentos camponeses, de todos os departamentos (estados) da Bolívia, reuniram-se em La Paz, junto com associações de bairro de El Alto, e decidiram bloquear estradas no país inteiro, até que Evo Morales volte à presidência e a golpista ilegítima Jeanine Áñez, que usurpou a presidência em uma sessão sem quórum no Congresso, deixe o cargo.

Com essa deliberação, os trabalhadores tomaram as cidades de Cochabamba e La Paz, bloqueando as estradas de acesso e interrompendo o abastecimento das cidades, que estão com escassez de combustível e grandes filas para a compra de alimentos. Trata-se de uma grande mobilização, com grandes contingentes bloqueando inúmeras estradas em diferentes pontos. Ao todo, a Bolívia esteve com mais de 70 pontos de bloqueios em estradas pelo país.

 

Guerra civil

 

A disposição de luta da população, apesar de todos os erros, capitulações e vacilações da direção do movimento, e a disposição da direita para reprimir a população, colocam o país em uma situação de guerra civil. A direita golpista é liderada pela extrema-direita, situação criada pelo próprio golpe, a exemplo do que se viu no Brasil. Os trabalhadores não aceitam o golpe e estão nas ruas lutando contra a direita. Essa situação expressa o embate geral que está colocado na América Latina no próximo período: de um lado as massas, de outro o imperialismo e seus fantoches. A extrema violência da direita nos outros países são um alerta para os trabalhadores brasileiros, é preciso se preparar para o confronto iminente.

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