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Luta contra o imperialismo

Bolívia: mobilizar nas ruas contra a direita e derrotar o golpe

O proletariado e as massas populares bolivianas devem impor sua supremacia diante dos golpistas e do imperialismo

A escalada golpista antipopular e pró-imperialista em toda a região do continente latino-americano vem assumindo, no último período, contornos dramáticos e preocupantes, expondo às claras todas as mais agudas contradições do desenvolvimento da luta de classes que envolve os povos e as nações da América Latina. O imperialismo, inimigo maior não só de todos os povos do continente latino, como de resto da humanidade, busca realizar um processo de recolonização em sua principal área de influência política e econômica (América Latina), valendo-se para isso de ameaças de intervenção militar, bloqueios e sanções econômicas (Cuba e Venezuela), golpes de Estado, além de um sem número de outras formas de pressão para subjugar os povos e fazer valer seus interesses de rapina contra os explorados.

As gigantescas e imponentes mobilizações que vem sacudindo a região no período dos últimos dois meses (Haiti, Equador, Chile, Uruguai, Bolívia) evidenciam o verdadeiro estado de rebelião das massas populares contra a política dos governos fantoches do imperialismo que estão instalados nos diversos países, todos, indistintamente, caudatários da política de Washington e da Casa Branca, que traz em seu conteúdo o receituário do grande capital, de fazer com que as massas sofridas do continente paguem pela crise do capitalismo e seu sistema de opressão, miséria e destruição dos direitos e conquistas sociais.

Depois das impressionantes mobilizações no Equador e no Chile, outro país andino – a Bolívia – vivencia neste momento uma verdadeira ebulição política, marcada pela recusa da direita pró-imperialista do país em reconhecer como legítima a vitória do presidente Evo Morales, reeleito pela quarta vez para o cargo máximo do país. Trata-se, evidentemente, de uma ação orquestrada pelo imperialismo e as forças golpistas do próprio país e também dos regimes reacionários servis-bajuladores dos Estados Unidos na região, como os governos de Ivan Duque (Colômbia), Sebastian Piñera (Chile), Lenin Moreno (Equador) e Jair Bolsonaro (Brasil), representantes da direita e da extrema-direita na região.

Desde quando foi anunciado o resultado das eleições no país altiplano, com a vitória de Evo Morales contra o candidato neoliberal direitista Carlos Mesa, a burguesia golpista boliviana, derrotada pela quarta vez consecutiva pelo voto popular, vem realizando ações de sabotagem e atos de violência contra os apoiadores de Morales, bloqueando estradas e rodovias, com o intento de forçar uma capitulação de Evo Morales, exigindo não só uma “auditoria” nas eleições e a recontagem dos votos, como também pedindo novas eleições, sem a participação do líder indígena recém-eleito legitimamente.

Os enfrentamentos ocorrem principalmente na região de Cochabamba, onde os direitistas apoiadores de Carlos Mesa atacam de forma violenta os partidários de Evo Morales, onde os confrontos já deixaram um saldo de dezenas de feridos e o registro de 1 (um) morto. Prédios públicos e sedes do MAS (Movimento Al Socialismo), partido do presidente Morales, também estão sendo alvo da fúria ensandecida dos direitistas, a soldo da extrema-direita e do imperialismo. Nos confrontos de quarta-feira, dia 06 de novembro, os que insistem em não reconhecer a vitória de Evo prenderam a prefeita da localidade de Vinto, Patricia Arce – eleita pelo MAS – só vindo a liberá-la, horas mais tarde.

A situação vivenciada não somente pela Bolívia, mas também por outros países da região onde a população entrou em luta aberta contra os governos reacionários (Haiti, Equador, Chile, Argentina, Uruguai) pró-imperialistas, assim como a reação violenta e repressiva da polícia e do Exército contra as mobilizações, indica que a situação está muito distante de um desfecho que venha a favorecer as forças progressistas e populares em cada país. Na Bolívia, a extrema-direita golpista não dá indícios de que vai recuar; ao contrário, as ações que vem sendo realizadas pelos bandos da direita apontam para uma radicalização ainda maior do conflito.

Dessa forma, não há qualquer outra alternativa para o governo eleito e as forças que o apoiam a não ser ampliar e intensificar as mobilizações das massas populares e dos demais setores, como os mineiros e o proletariado da indústria petrolífera do país. A maior central sindical do país, a Central Operária Boliviana (COB), com grande tradição de mobilização e luta já anunciou seu apoio ao governo de Morales, assim como a realização de ações radicais para fazer valer o resultado das urnas, impondo uma derrota, também nas ruas, aos elementos fascistóides partidários do candidato da direita, Carlos Mesa, apoiado pelo grande capital imperialista e a burguesia reacionária do país e da região.

Os episódios que vem se desenvolvendo em vários países do continente latino são pedagógicos e educativos nos sentido de fazer compreender que somente as mobilizações e o enfrentamento direto das massas, com seus próprios métodos de luta (greves, paralisações, armamento) se colocam como capazes de aplacar e derrotar os governos, a burguesia, a extrema direita e o imperialismo, única forma de impor a vontade soberana das massas e da classe trabalhadora de cada país diante dos opressores, dos exploradores e dos golpistas.

 

 

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