Da redação – Várias marchas provenientes de diversas localidades da Bolívia chegaram na tarde desta segunda-feira (18) a La Paz para expressar o total repúdio do povo boliviano ao golpe militar e à presidenta de fachada, Jeanine Añez.
Os manifestantes se reuniram na Praça Murillo, e deram um prazo de 48 horas para que Añez deixe o poder, se não irão intensificar a mobilização, com mais bloqueios e paralisações por todo o território nacional.
Volvemos a la Paz, donde el pueblo de Bolivia continúa movilizado para combatir a la dictadura fascista instaurada tras el Golpe militar y policial. #18Nov #GolpeEnBolivia. Exigen la renuncia de los golpistas y el regreso de @evoespueblo pic.twitter.com/LkPUqADJQm
— Larissa Costas (@Larissacostas) November 18, 2019
Assim como vêm cantando nos protestos anteriores, os manifestantes gritaram “Mesa, Camacho, queremos sua cabeça”, rechaçando assim o dirigente fascista e o ex-candidato e ex-presidente neoliberal, participantes-chave do golpe que derrubou o presidente legitimamente eleito Evo Morales.
Outro eixo central da marcha é a denúncia das queimas da Whipala, bandeira tradicional dos povos indígenas que se tornou oficial durante o governo Morales e que tem sido atacada pelos bandos fascistas como símbolo do fascismo do golpe. Também exigem o fim da repressão, que já deixou mais de 20 mortos, e denunciam a manipulação da imprensa burguesa, que esconde a realidade dos acontecimentos na Bolívia.
Além de La Paz, há manifestações em El Ato, Cochabamba, Sucre, Sabada e outras cidades.
En Cochabamba, Bolivia, también se movilizan miles de hombres y mujeres en defensa de la democracia y el Estado Plurinacional que ha protegido a todos y todas en ese país. Denuncian el Golpe de Estado Racista, clasista y fascista impuesto por la OEA y EEUU https://t.co/2SlNQ29oZK pic.twitter.com/X8W1OhLEF6
— Larissa Costas (@Larissacostas) November 18, 2019