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Censura

Bolívia: governo golpista ameaça jornalistas que denunciarem repressão

A ameaça veio a público pela ministra golpista da comunicação, Roxana Lizárraga, qua acusou os jornalistas de conspirarem contra o governo

Da redação – Nesta quinta (14), o autoproclamado governo golpista da Bolívia, que está reprimindo brutalmente os protestos contra o golpe de Estado, ameaçou jornalistas e veículos de imprensa que fizerem a cobertura da repressão contra o povo, denunciando a atitude criminosa dos golpistas.

A medida visa esconder o resultado do golpe de Estado na Bolívia, que até o momento soma centenas de pessoas feridas, mais de 100 presas e mais de 20 assassinadas, segundo a rádio Kawsachun Coca 99.1 FM. A ameaça foi feira pela ministra da comunicação da golpista presidente autoproclamada Jeanine Áñez, Roxana Lizárraga:

“Para aquellos periodistas que están haciendo sedición vamos a actuar según la ley… Lo que hacen algunos periodistas bolivianos o extranjeros que están causando sedición en nuestro país, tienen que responder a la ley boliviana…

“Para os jornalistas que estão fazendo sedição, agiremos de acordo com a lei… O que alguns jornalistas bolivianos ou estrangeiros que estão causando sedição em nosso país fazem, eles têm que responder à lei boliviana…

Quando perguntada se o governo já tinha o nome de jornalistas, a ministra golpista respondeu que o governo já tem nomes e que o ministro do governo vai tomar as ações pertinentes.

Outra denúncia veio do jornalista Luis Leiria, do Esquerda Net, que postou em sua rede social um relato sobre o cerco aos jornalistas correspondentes:

MORREU O QUE RESTAVA DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA BOLÍVIA

Preso ao noticiário da Bolívia desde domingo, fiquei algumas horas fascinado pelas reportagens do argentino Mariano Garcia, do canal Telefe, um extraordinário jornalista que dignifica a nossa profissão. Não o vi, mas sei que ele esteve em Santa Cruz de la Sierra,o bastião do fascista Camacho e depois veio para La Paz. Vi-o acompanhando as manifestações de El Alto, vi-o no meio dos combates de rua, tentando respirar sob o gás lacrimogénio, um trabalho feito com uma coragem pessoal que nunca vira antes. Vi-o a perguntar “na lata” ao Camacho: que responde aos que lhe chamam golpista?


Vi-o eu e viram-no os golpistas que decidiram acabar com a história. Uma pseudoministra da Comunicação do pseudogoverno autoproclamado ameaçou oficialmente acusar os jornalistas estrangeiros, em particular os argentinos, de sedição, nos termos do Código Penal. E ainda disse que tinha uma lista com os nomes de todos.


Quando voltou ao hotel, Mariano e seus camaradas da equipa foram informados de que alguém tinha quebrado as câmaras de vigilância na rua, que focavam a entrada do hotel, porque “vão vir para vos caçar”. Mariano, sua equipa e jornalistas de outros canais tiveram de se “barricar” até serem resgatados por uma operação de segurança organizada pela embaixada argentina, que os pôs em casas seguras.


E a cobertura terminou abruptamente. No Twiter, já corria solta a campanha contra o perigoso “gaúcho comunista”, uma campanha que visava tornar impossível ao jornalista fazer as coberturas de rua, aquilo, justamente, que faz melhor. A campanha teve sucesso, porque conseguiu pôr um fim às reportagens de Mariano e de outros companheiros jornalistas, por manifesta ausência de um mínimo de segurança. Mas mais uma vez se demonstrou que nada sobrou de liberdade de expressão na Bolívia, já que o autoproclamado governo se encarregou de lhe pôr fim.”

A iniciativa dos golpistas na Bolívia é cometer crimes contra o povo e evitar que eles sejam denunciados amplamente no País, na América latina e no resto do mundo. Daí a importância da imprensa de esquerda, progressista e independente que está na Bolívia neste momento.

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