Da redação – A presidente golpista autoproclamada Jeanine Áñez empossou, na última quarta-feira (13), o general do Exército, Sergio Carlos Orellana Centellas, como novo comandante em chefe das Forças Armadas, no lugar do também golpista Williams Kaliman, que ameaçou o presidente Evo Morales e obrigou-o a renunciar.
Por sua vez, o novo comandante do órgão militar afirmou que a conjuntura atual requere esforço de todos os membros das Forças Armadas, que são pilar fundamental do golpe de Estado, uma vez que foi com o aval delas que se deu o golpe e se permitiu o avanço dos bandos fascistas contra os trabalhadores do país.
Os militares, junto com a polícia, estão atuando ao lado da extrema-direita para reprimir a população que está lutando contra o golpe de Estado.
“De maneira conjunta com a polícia boliviana executa-se um plano de operações para restabelecer a ordem pública em todo o território nacional, controlando os distúrbios civis […] com prisões e apreensões de quem alterar a ordem pública“, afirmou o novo chefe das Forças Armadas. Traduzindo, os militares estão atuando junto com a polícia para reprimir os manifestantes contra o golpe.
A polícia, por exemplo, impediu a senadora, sucessora de Evo Morales, Adriana Salvatierra, de entrar dentro da Assembleia Legislativa, agredindo-a.
Além disso, outras alterações ocorreram nas Forças Armadas, que revela uma necessidade dos golpistas de terem um maior controle sobre as instituições de repressão. Pablo Arturo Guerra Camacho será o novo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas; Iván Patricio Inchausti Rioja foi designado como comandente do Exército; Ciro Orlando Álvarez, como comandante da Força Aérea Boliviana; e Moisés Orlando Mejía Heredia, comanda da Armada Boliviana.