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Instabilidade total

Bolívia: continua o impasse

O impasse se mantém, pois o governo provisório da golpista Jeanine Áñez não tem nenhuma popularidade, sustenta-se apenas nas forças armadas e em grupos minoritários fascistas

A situação na Bolívia está em um grande impasse. Por um lado, a direita golpista tem promovido um verdadeiro massacre contra o povo e aqueles que se manifestam contra o golpe de Estado. Por outro lado, o povo continua reagindo contra as agressões da direita, que atua por meio tanto da polícia e das forças armadas, quanto de milícias fascistas ligadas a Camacho.

A situação está muito instável. De acordo com a Defensoria pública do país, um recente conflito em uma refinaria de El Alto, cidade operária que desde o início tem sido um foco de resistência contra o golpe de Estado, deixou seis pessoas mortas e cerca de 30 feridos. Mas isso é apenas um dos dados que revelam o massacre levado adiante pela direita.

No total, mais de 30 pessoas já foram assassinadas pelas forças armadas, centenas foram feridas e milhares foram detidas. A repressão é brutal. A direita depôs Evo Morales para impor uma verdadeira ditadura no país.

No caso citado, trabalhadores haviam bloqueado a saída da refinaria Senkata. E no momento em que um caminhão deixou a usina para abastecer a cidade de La Paz, a polícia interveio e massacrou os manifestantes. Mas a ação dos trabalhadores mostra que não estão dispostos a abrir mão da luta contra o golpe.

Os trabalhadores têm saído às ruas ecoando que querem a cabeça de Camacho, gritando “Agora sim, guerra civil” e pedindo a renúncia da presidente golpista autoproclamada, Jeanine Áñez, que se sustenta na extrema-direita. Além disso, não reconhecem a renúncia de Evo Morales, que foi ameaçado pelos militares para isso, e pedem sua volta para terminar seu mandato e continuar o seu próximo.

O problema se encontra nas direções políticas das organizações de luta dos trabalhadores. A Central Obrera Boliviana (COB), por exemplo, chegou a apoiar, de maneira confusa, as reivindicações dos golpistas por novas eleições enquanto Morales ainda estava no governo. Em seguida, não organizou a greve geral que haviam chamado, e agora continuam pedindo novas eleições, ao invés de pedir a volta de Evo Morales para exercer seu mandato.

Morales e seu partido, o Movimento al Socialismo (MAS), também apresentam uma política confusa, uma vez que estão procurando um acordo com a direita golpista e fascista que demonstrou inúmeras vezes que não quer nenhum tipo de acordo com a esquerda e os trabalhadores.

O impasse se mantém, pois o governo provisório da golpista Jeanine Áñez não tem nenhuma popularidade, sustenta-se apenas nas forças armadas e em grupos minoritários da extrema-direita. Desta forma, a situação da Bolívia permanece em uma profunda instabilidade.

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