Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Capitalismo em colapso

Bolha financeira prestes a estourar e a gerar crise pior que 1929

O acúmulo de crises econômicas em nível mundial é um reflexo da crise histórica do capitalismo. Não é possível evitar, esse sistema decadente caminha para sua destruição.

Quando até os próprios capitalistas apontam para o colapso do seu mercado é porque não dá pra esconder a profunda decadência desse sistema econômico. Na semana passada o bilionário Ray Dalio demonstrou preocupação com uma nova “bolha” crescendo no mercado mundial. Em entrevista ao um site de notícias financeiras, Dalio comparou o cenário atual à crise de 1929 e à “bolha da internet” do ano 2000.

As chamadas “bolhas” são um produto inevitável da especulação financeira, onde rendimentos exorbitantes são obtidos sem ter qualquer base material. O caráter parasitário dos monopólios capitalistas os impele inevitavelmente para esses mecanismos artificiais de ampliação dos seus capitais. Se fosse um caminho possível de ser evitado, pelo bem do capitalismo, os próprios monopólios já teriam tirado o sistema econômico desse rumo ao colapso.

No entanto, a crise histórica do capitalismo é impossível de ser contornada com meros retoques ou truques. Os próprios porta-vozes do sistema mesmo com todas as distorções que imprimem nas suas análises não conseguem apontar um rumo seguro para a economia capitalista. Ray Dalio, por exemplo, faz um contorcionismo teórico ao associar as “bolhas” financeiras com o desenvolvimento de novas tecnologias. A única coisa aproveitável do malabarismo de Dalio é a constatação de que o capitalismo não sabe lidar com o avanço tecnológico.

A verdadeira cruzada anti-tecnológica empreendida pela Microsoft contra o desenvolvimento dos sistemas de informática baseados no kernel Linux é um exemplo claro de como os monopólios gastam mais dinheiro combatendo do que desenvolvendo tecnologia. A própria IBM, outro monopólio capitalista, se viu obrigada a ceder ao desenvolvimento “espontâneo” da tecnologia porque depender do sistema Windows era contraprodutivo. Longe de ser um revolucionário, o desenvolvedor do Linux optou pelo desenvolvimento colaborativo simplesmente por uma questão de eficiência, envolvendo uma enorme quantidade de pessoas, o que teria um custo impraticável se fosse realizada por uma empresa capitalista.

O mito das crises cíclicas do capitalismo se baseia numa etapa anterior do desenvolvimento econômico. O auge do capitalismo no século XIX é usado até hoje pela direita para explicar o funcionamento da economia mundial. A etapa imperialista, estabelecida na virada para o século XX, é literalmente um cenário de guerra, onde a destruição de capital é uma necessidade constante. Vale lembrar que o tímido aquecimento da economia nas décadas de 1950 e 1960 veio ao custo da destruição de grande parte dos parques industriais na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O século XXI já começou com uma avalanche de destruição liderada pela principal economia capitalista, os Estados Unidos.

Ao contrário dos idealistas da burguesia, não é possível andar para trás na história. Não é possível voltar ao “livre mercado”, à ampla concorrência entre os capitais. Alemanha e Japão, os últimos integrantes a entrarem no seleto grupo dos países imperialistas, forçaram sua acensão ao custo de uma destruição nunca antes vista na história humana. E só foram reerguidos após a Segunda Guerra Mundial para tentar conter a tendência revolucionária espalhada pelos quatro cantos do mundo. Enquanto todo tipo de oportunistas eleitorais apresentam planos de desenvolvimento que prometem países capitalistas atrasados ao nível dos países imperialistas, a realidade mostra que não se tratam de possibilidades concreta, é mero discurso eleitoral. Os monopólios são a antítese da livre concorrência e impõem seu poder através da violência econômica e física, o que eles não podem assimilar, destrõem. As tentativas de desenvolvimento econômico de países como China, Rússia e Irã são um exemplo de como o imperialismo sufoca a acensão de possíveis concorrentes.

É importante destacar que as crises atuais não são cíclicas, pois não ocorre uma retomada do crescimento na mesma intensidade da queda. Pelo contrário, essas crises têm se acumulado pois não são resolvidos os problemas que levaram à sua erupção. Cada nova crise é maior que a anterior pois acumula os efeitos nefastos da etapa anterior. É um caminho sem volta rumo ao colapso da economia capitalista. Para retomar o desenvolvimento econômico real, só com a substituição desse sistema decadente pelo seu sucessor histórico, o socialismo. Somente o controle operário sobre a produção pode substituir o irracionalismo da economia capitalista pelo planejamento da economia mundial e levar os benefícios do progresso científico às amplas massas da população mundial. Apenas com a abolição da propriedade privadas do meios de produção e, consequente extinção da burguesia como classe social a humanidade poderá seguir rumo ao progresso científico e social.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.