O Boletim Vermelho é uma iniciativa dos Comitês de Luta Estudantil. Em nível nacional e regional, são organizados pela AJR como o principal agitador da juventude em torno da campanha do Fora Bolsonaro. Além de evidenciarem as principais questões políticas, levam as ruas as tarefas lançadas para combater a crise, todas em torno da mobilização, em especial, dos jovens e dos estudantes.
O boletim é aberto, todos podem mandar denúncias e matérias a serem para serem cadastradas. Assim, ele é a forma mais acabada da política do comitê, que organiza a própria greve e diversas atividades para travar a luta política. Segue aqui uma matéria sobre as últimas atividades do Comitê com a defesa da principal forma de trabalho utilizada para organizar a greve, as centrais de ligação.
Quem diz que grevista não trabalha, mente. É muito mais difícil combater a direita do que fazer o EAD. O trabalho de luta em torno da greve exige convicção e dedicação para construí-la diretamente. Nas greves do Setor Leste e dos campus do Instituto Federal de Goiás (IFG), os estudantes realizaram uma série de atividades tradicionais da esquerda para avançar com a mobilização.
O movimento começou com dois estudantes mais engajados que buscaram o apoio do Comitê de Luta Estudantil para combater principalmente o ensino à distância. Os companheiros fizeram uma boa discussão política e já listaram as tarefas principais para dar cabo na mobilização, incluindo seu caráter essencial: a luta em torno do Fora Bolsonaro. Dito e feito, logo em seguida já foram organizados grupos de trabalho em torno da convocação de uma reunião mais ampla, já com o intuito de marcar uma assembleia que pautaria a greve.
O principal método utilizado foi a central de ligações. Nela os companheiros se encontravam todos os dias e organizaram todos os contatos que possuíam em planilhas e ligaram de um a um. Em torno do convencimento com a discussão política eles não só convocaram para as reuniões, mas também chamaram todos para participarem da central e compartilharem seus contatos. Nada pode substituir esse método, que assegura uma boa discussão e um panorama real da situação política. Assim foi possível ter uma espécie de exército de trabalho, que garantiu um balanço de quantas pessoas haviam confirmado para a primeira reunião, e ao mesmo tempo um mapeamento da escola.
Outro método utilizado foi a criação de grandes grupos de mobilização pelo Whatsapp, pelos quais foram compartilhados memes e chamados sobre as atividades da greve, além das rede do próprio comitê.
Nas primeiras reuniões o número de alunos já chegava próximo a 40 pessoas, as quais já marcaram a assembléia e se prontificaram para colaborar na convocação. Daí o caminho já estava dado, e todas as assembléias tiveram sucesso e declararam a greve.
Seguiu-se com a participação dos companheiros do comando de greve nas reuniões do comitê, encabeçadas pela Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). As centrais agora trabalham para desenvolver a greve em suas instituições e para levar-lá para outras, incluindo outras categorias, como os ecetistas do Distrito Federal e entorno. Todos foram convidados também, assim como você leitor, a se mobilizar em diferentes comissões de trabalho que possibilitam o trabalho da luta estudantil.
A comissão de comunicação se reúne semanalmente para convocar as reuniões e organizar as redes. A comissão de atos, que convoca para os atos do Fora Bolsonaro e mobiliza a participação da juventude neles. A comissão de organização, responsável para levar o trabalho para outras escolas e desenvolver o trabalho com as escolas já mobilizadas. E por fim, a comissão de impressos, a qual junta jovens que escrevem, desenham e diagramam para confeccionar este boletim.