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Apoiados em ombros de anões

Böhm-Bawerke e a economia da estupidez

O filósofo e físico inglês Isaac Newton escreveu: “Se enxerguei mais longe foi por estar em ombros de gigantes.”

Por volta de 2010, teve início uma violenta campanha mundial contra a esquerda. A esquerda detinha, àquela altura, o governo de diversos países. Era necessária uma política bastante agressiva para tirá-la do poder. Diversos intelectuais, ávidos por dinheiro, foram contratados para encontrar argumentos que pudessem colocar em dúvida, primeiro, o marxismo, em seguida a sociologia e a educação; para depois, passar a atacar a história e a própria ciência.

Para atacar o marxismo, ressuscitaram-se economistas mortos havia muito tempo, como o venal Eugen von Böhm-Bawerke e o fascista Ludwig von Mises;

Para atacar a sociologia, as ficções do empreendedorismo e da meritocracia;

Para atacar a educação, o programa “escola sem partido”;

Para atacar a história, os livrinhos que começavam com o título de “guia politicamente incorreto…”;

E, para atacar a ciência, os lunáticos do terra-planismo.

E o mundo ficou chato.

Cabe-nos, aqui, falar de economia. Por isso, perguntemo-nos. De onde vieram esses zumbis, como Von Mises e Böhm-Bawerke? Sabemos que vieram do lixo da história, mas quem os tirou de lá? O agente brasileiro dessa campanha obscurantista que procurou, e ainda procura, desacreditar a ciência, não foi outro que Olavo de Carvalho.

Há quem o leve a sério. Esses não têm cura. Falaremos para os que têm olhos ou ouvidos, ou ambos.

Sobre Ludwig von Mises, já falamos em outra ocasião. Diremos, pois, algumas palavras sobre Böhm-Bawerke.

Eugen von Böhm-Bawerke, doravante, BB, foi um economista da chamada escola austríaca, assim como Von Mises. Por acreditar-se um grande economista, creditou-se como aquele que provou, de maneira definitiva, os erros de Marx.

Mas não foram tão definitivas, como pretendera ele, as suas “provas”. Pouco depois, desmentiram as suas desmentidas os economistas Rosa Luxemburgo e Rudolf Hilferding, além do próprio Bukhárin.

Esses três são personagens de muito maior valor intelectual que BB. Estavam apoiados em ombros de gigantes. Ou melhor, de um gigante, como Marx. Mas não era preciso tanto para derrubar um anão como BB. Qualquer um poderia fazê-lo. Facilmente.

Num livrinho, editado pelo suspeitíssimo Instituto Liberal (mas, neste caso, devemos considerá-lo insuspeito), cujo título é A teoria de exploração do socialismo-comunismo, de Böhm-Bawerke, lemos o seguinte, no prefácio:

“Com lógica devastadora e riqueza de detalhes… os argumentos de Böhm-Bawerke destroem o próprio alicerce do socialismo, sobre o qual se constrói a teoria da exploração.”

Vejamos, então, essa “lógica devastadora”. Diz o próprio BB, no mesmo livrinho:

“A essência da teoria pode ser caracterizada da maneira que se segue. Todos os bens de valor são produtos do trabalho humano; do ponto de vista econômico, são exclusivamente produto do trabalho humano.”

Reparem no “exclusivamente”, grifado pelo autor.

Vejam, agora, o que diz o próprio Marx:

“O trabalho não é a fonte de toda riqueza. A natureza é a fonte dos valores de uso, tanto quanto o é o trabalho, que é apenas a exteriorização de uma força natural…” (MARX, Crítica ao programa de Gotha).

Como se pode ver, a argumentação de BB é, para dizer o mínimo, desonesta. Atribui a Marx exatamente o oposto do que Marx disse.

Seja como for, esse mesmo BB foi usado pelos olavistas brasileiros para atacar os socialistas. Apoiavam-se em ombros de anões. Ou melhor, nos ombros de um anão, uma anãozinho chamado Olavo de Carvalho, o qual, além de ser pequeno sofre de atrozes dores lombares.

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