Da redação – Com a crescente revolta dos trabalhadores brasileiros contra o golpe, que prendeu Lula sem provas, preparando as eleições mais fraudadas da história do país, as Forças Armadas se sentiram pressionadas e decidiram soltar comunicado oficial ontem (4). A finalidade do mesmo seria “desmentir”, segundo o Comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, que retransmitiu a nota em suas redes sociais, uma suposta “notícia falsa” sobre o Exército intervir no processo de validação ou inviolabilidade das urnas eletrônicas.
O General, reiterando a nota que deve ter vindo de sua própria política dentro do Exército, afirma que as FA irão participar das eleições, porém não diretamente cuidando das urnas.
“O Exército Brasileiro vem participando, historicamente, a pedido da Justiça Eleitoral, da segurança física dos locais de votação e apuração (GVA). A missão das tropas designadas para essas operações é garantir o democrático exercício do voto, com a normalidade necessária, e a posterior apuração, onde o processo eleitoral exija reforço na segurança pública. Nesse contexto, cumpre destacar que o Exército não recebeu solicitações para realizar verificação, avaliação ou auditoria técnica do funcionamento e segurança dos equipamentos eletrônicos de apuração. Não cabe à Instituição o papel de “validadora da inviolabilidade das Urnas Eletrônicas”, diz o comunicado do Exército.
A alegação é absurda, pois, se partirmos do ponto de que os militares participaram do golpe, sem provas, que derrubou Dilma Rousseff (PT), ameaçaram diversas vezes o judiciário caso libertasse Lula (PT) – também preso sem provas -, ameaçaram o golpe militar contras as instituições democráticas, estão controlando o regime atual com um ministros militares – Sérgio Etchegoyen e outros -, lançando o maior número de militares na história nessas eleições – principalmente, um general golpista chamado Hamilton Mourão -, chegaremos à conclusão política de um avanço dos militares para um controle total do regime ou de um golpe militar contra o povo. Portanto, a própria sociedade civil deveria fiscalizar as eleições.
É preciso denunciar amplamente a participação dos militares nas eleições, pois, os mesmos ameaçam todos os trabalhadores e suas organizações. As declarações dos generais Villas Bôas e Hamilton Mourão vão no sentido de caçar a esquerda, sendo que os mesmos não têm pudor algum de dizer abertamente isso. Defendem a militarização do ensino, defendem o golpe militar, defendem a tortura contra os trabalhadores que se organizam contra o fascismo. Não podemos aceitar fascistas controlando as eleições.
Os militares foram ao Congresso pressionar a justiça, ameaçando a democracia:
Estão sendo veiculadas notícias sobre o envolvimento do @exercitooficial na avaliação e validação das urnas eletrônicas utilizadas em nosso processo eleitoral. A fim de esclarecer a sociedade brasileira, o EB expediu a seguinte nota de esclarecimento: https://t.co/gsUpos7l6y
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) September 5, 2018