Os Estados Unidos, em mais um capítulo dos ataques imperialistas contra a Venezuela, tentam impedir que o país de Nicolás Maduro receba medicamentos necessários para enfrentar o coronavírus, principalmente a vacina.
O presidente da Venezuela afirmou que sua equipe está articulando com Rússia, China e Índia os detalhes sobre a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus e acrescentou que seu governo estaria negociando a compra de vacinas e medicamentos para combater o coronavírus “em segredo”, para evitar perseguições dos Estados Unidos.
Denúncias a respeito já haviam sido feita em abril deste ano pelo representante adjunto da Rússia na ONU, que afirmou que os estadunidenses estão se aproveitando do período da pandemia para aumentar a pressão política e militar contra a Venezuela. Política que também é aplicada contra Irã e Cuba.
As autoridades venezuelanas denunciam Washington por aplicar sanções econômicas contra seu país, afetando a situação dos infectados pelo covid-19 e dificultando a aquisição de insumos e medicamentos.
“O governo dos Estados Unidos e Elliott Abrams (representante do governo Donald Trump para questões da crise venezuelana), nos perseguem até nisso. Vamos comprar remédios contra o coronavírus e eles nos perseguem. Chamam a empresa e dizem: não vendam a vacina para a Venezuela”, explicou Maduro.
Apesar da atual política de sanções e pressão contra Caracas, Abrams pediu aos países que adotem medidas ainda mais duras contra Maduro, entre elas restrições de viagem. Em audiência no Senado dos EUA, o enviado especial do país para a Venezuela, Elliot Abrams, afirmou que a Casa Branca tem somado esforços para conseguir o afastamento definitivo de Maduro do poder.
“Necessitamos de mais sanções, sanções pessoais, do tipo que o Canadá, a União Europeia e os países do Tratado do Rio fizeram”, disse o diplomata.
Além dos EUA, um outro país imperialista vem se aproveitando da crise do coronavirus para atacar Maduro e os Venezuelanos. O Reino Unido apreendeu US$ (R$5,44 bilhões) de ouro venezuelano armazenado no Banco da Inglaterra. A corte britânica se recusa a dar ao governo venezuelano acesso a 30 toneladas de ouro retidas pelo banco. O tribunal reconhece o fantoche do imperialismo americano, Juan Guaidó, como o presidente da Venezuela.
O dinheiro seria utilizado para o combate ao coronavírus no país e, assim como as dificuldades que enfrentam nas sanções sobre o acesso do governo de Maduro aos medicamentos, faz parte da política imperialista de ataques ao povo venezuelano.
É preciso denunciar os ataques de Trump e de todos imperialistas às nações subdesenvolvidas, principalmente os ataques contra a Venezuela, que ocupa lugar estratégicos nos planos econômicos dos EUA na região.