Da redação – A prefeitura de São Paulo anunciou que irá multar, em mais de R$300 mil, blocos de carnaval que, segundo eles, “descumpriram termos do acordo firmado com o poder público”. Pela primeira vez na história, os blocos de São Paulo serão multados.
Os Acadêmicos do Baixo Augusta, que foram reprimidos pela PM, terá de pagar R$220 mi, quase a totalidade da multa, por ter “atrasado sua dispersão”. Com isso fica claro que o toque de recolher imposto pelo PSDB é apenas uma maneira a mais para a burguesia de reprimir o carnaval. O bloco deveria ter encerrado as atividades às 19h45, mas ficou tocando até 21h no domingo (24) de pré carnaval. O bloco teve uma importância notória durante este carnaval, por conta dos protestos contra Bolsonaro.
O bloco do sindicato dos Eletricitários, que organizou o Bloco do Faísca, será multado em R$22 mil. Eles teriam desfilado sem organização. Outro, o Carnamauri será multado (pasmem!) por ter vendido bebidas alcóolicas e abadás durante o carnaval, o que é proibido na cidade de São Paulo – em pleno carnaval!
E provavelmente um dos casos mais absurdos, o bloco Meu Glorioso São Cristóvão será multado por não ter aparecido no local onde a prefeitura montou estrutura, com banheiros e agentes da prefeitura, como a Guarda Civil Metropolitana (GCM), os capangas de Covas para reprimir o carnaval.
Com a campanha política contra Bolsonaro e os golpistas – em São Paulo, sobretudo contra o PSDB de Dória e Covas – fica claro para que servem estas leis repressivas criadas pela direita. O toque de recolher, a proibição de venda de bebidas e a regulamentação dos blocos apenas serve para censurar as manifestações populares, que em tempos de mobilização política, sempre se volta contra a direita.