Às vésperas do ato contra Bolsonaro, no dia seguinte das declarações que atacaram o 13° e os funcionários públicos, todos os principais jornais do país atacam o candidato com a mesma manchete, e a campanha eleitoral de Alckmin já passa na televisão denunciando a polêmica frase do general. Um verdadeiro ataque relâmpago, uma sabotagem interna muito bem orquestrada.
Na próxima semana é de se esperar que Jair Bolsonaro caia significativamente nas pesquisas, e que os votos antipetistas se desloquem rapidamente para o candidato do PSDB. Esses votos, somando-se aos dos outros candidatos direitistas como Amoedo, Meirelles, Marina Silva e Alaro Dias, serão importantes para jogar Alckmin pro segundo turno. Em quanto a mídia ataca o candidato do PSL, e seu vice o sabota por dentro, fazendo declarações polêmicas demais para não constituírem um plano de sabotagem interna (a final ele ataca as mulheres, os servidores públicos e um direito fundamental e clausula pétrea da constituição), a campanha contra o PT também continua, e os esforços midiáticos e jurídicos para tirá o PT da jogada só se intensificam, enquanto isso Alckmin é pintado como o candidato do voto útil e que resolverá a polarização.
Bolsonaro está encurralado pela própria direita que o usa como espantalho, exalta seu discurso e depois bate nele. Impedido de fazer campanha por uma facada que o manteve no hospital muito mais tempo do que esperado, e tendo que controlar sua própria chapa e os ataques da mídia, fica claro as intenções da burguesia quanto ao fascistoide.
