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Bigodinho, o guardinha que acha que sua pança é dona da UFPB

Sempre me chamou a atenção que a Universidade Federal da Paraíba, a UFPB, tenha sido construída no meio da mata atlântica. Até hoje, no mesmo espaço onde estão os prédios do campus, estão também centenas de árvores nativas. Há também uma vasta fauna, da qual o bicho-preguiça é a atração principal:

Embora não tão querido quanto o bicho-preguiça, outro bichinho tem chamado bastante atenção. Sua espécie ainda não foi identificada — trata-se de algo parecido com um porco do mato ou um leão marinho. Pode ser visto ao longo do dia no próprio campus, balançando sua pança. Seu nome? Bigodinho, o guardinha que acredita que é dono da UFPB inteira.

Wally Walrus – Wikipédia, a enciclopédia livre

Bigodinho é um exemplar único de sua espécie. No entanto, anda sempre em bando com suas hienas de estimação. Bigodinho é um “líder” para as hienas, um exemplo a ser seguido por todos aqueles que gostam de carniça.

Por mérito próprio, Bigodinho conseguiu ser promovido recentemente. Antes, era apenas um guardinha que ficava apitando por aí, flagrando os excessos hormonais dos estudantes. Mas, agora, Bigodinho conseguiu se tornar o superintendente em segurança da UFPB! Não entende de nada, nem garante a segurança de ninguém e só é super na encheção de saco. Mas o que importa é que ganhou uma medalhinha para balançar junto com suas tetas enquanto toma seu banho de sol.

Cabe lembrar porque Bigodinho conseguiu sua medalha. Seu chefe, Valdy Vigarista, que conquistou o cargo de interventor após decisão do fascista Jair Bolsonaro, escolheu Bigodinho a dedo para chefiar a repressão na UFPB.

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Valdy Vigarista é, como qualquer interventor, uma prostituta. Alguém que faz todo o serviço para a extrema-direita bolsonarista em troca de um carguinho. Corta verbas, castiga os estudantes, persegue os professores e até vende a própria mãe, se necessário. Bigodinho, neste sentido, é a prostituta da prostituta. É o responsável por usar a força bruta quando a caneta do interventor não for suficiente. Podemos dizer, portanto, que Bigodinho é uma espécie de brinquedinho usado nas fantasias profundas entre Bolsonaro e Valdy Vigarista, que vibra enquanto Bolsonaro faz uso de seu interventor.

A existência de um interventor na UFPB já é, em si, uma excrecência. Se a figura do interventor é uma imposição burocrática à comunidade acadêmica, que deveria controlar a universidade por meio de uma gestão tripartite, a imposição de um interventor vindo do governo federal é um abuso ainda maior. É uma intervenção direta na autonomia universitária, coisa de uma verdadeira ditadura. E que já colocou suas manguinhas de fora.

É verdade que Bigodinho é um homem de personalidade. Ele não é como outras hienas, que estavam escondidas no armário antes de a extrema-direita governar o País. Bigodinho sempre foi um fascista, que fazia todo serviço sujo que a direita precisava no campus. A diferença é que, agora, Bigodinho, valendo-se do avanço da extrema-direita, anda armado e pode agir às claras.

Bigodinho e sua trupe já tinham sangue nas mãos há muito tempo. Conforme denunciado por um estudante da UFPB, “os guardinhas começam a ser quadros que não entraram na PM ou GCM (Guarda Civil Metropolitana), ou expulsos delas”. A trupe de Bigodinho, portanto, é formada por aspirantes a assassinos profissionais, que foram barrados da polícia não por sua integridade moral, mas sim por serem incapazes de amarrar o próprio cadarço.

A pessoa que mais se destacou em denunciar o esquema podre e mafioso das hienas na UFPB foi o estudante Alph. O jovem passou três anos denunciando vários crimes e abusos cometidos pelas hienas e acabou sendo assassinado. Pouco antes de ser morto, Alph denunciou a completa inércia da UFPB no caso: “guardinha terceirizado achando que é policia, jurando que serve a um Estado. Ameaça minha pessoa, e a UFPB finge não ver. Meu sangue vai aspirar nas mãos de vocês, quando eles fizerem o que tanto dizem que farão, a mim e a outros e outras”.

Alph, corretamente descrente em relação às instituições, chegou a praticar jiu-jitsu como forma de autodefesa, mas não contava com uma atitude tão covarde.

Desde o assassinato de Alph, que causou muita revolta na comunidade, até os dias de hoje, a situação se agravou bastante. Não só Bigodinho e seus comparsas passaram a andar armados, como se aproveitaram da cobertura dada pelo interventor bolsonarista para intimidar ainda mais os estudantes e professores. Ao mesmo tempo em que as perseguições e os processos aumentaram, a repressão aumentou de maneira muito significativa.

No último período, Bigodinho escolheu, para encher o saco, o PCO. Há meses, ele vem com alguma ladainha para explicar que a UFPB não poderia ter manifestações políticas. E por que não pode? Não pode porque o guardinha barrigudo não quer. Se é assim, dane-se!

E é isso o que os militantes do PCO e os companheiros da luta contra o golpe têm feito. Bigodinho não é dono da UFPB, ele é apenas dono da própria pança. Mas depois de ver que não iria adiantar mostrar as suas medalhas, Bigodinho começou a aumentar o tom de voz. Da última vez, decidiu até chamar a Polícia Militar para conter o grande crime do PCO de lutar pela derrubada do governo, por Lula presidente e contra a intervenção bolsonarista.

Que Bigodinho saiba que não vai conseguir proibir o PCO de continuar realizando atos todas as semanas na UFPB. Não adianta vir ameaçar, porque vamos reagir à altura. Na primeira vez em que Bigodinho tentou tirar as bandeiras do PCO, deparou-se com militantes enfurecidos, que, diferentemente dos guardinhas, não levam desaforo para casa porque defendem uma causa de verdade. Na semana seguinte, organizaram um ato com várias entidades para denunciar a censura na UFPB e desmoralizaram por completo os capangas do interventor bolsonarista.

Com todos os ataques do interventor, que quer até cobrar aluguel do DCE e retomar as aulas na pandemia, a paciência se esgota rápido. Nenhuma intimidação será tolerada, nem pelo PCO, nem por aqueles a quem a UFPB de fato pertence, É hora de intensificar o trabalho no campus, denunciar cada tentativa das hienas de impedirem as manifestações na universidade e organizar a autodefesa dos estudantes, professores e funcionários para que não se deixem intimidar por esses fascistas.

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