Joe Biden, candidato integral do imperialismo norte-americano, foi o responsável direto pelo intenso bombardeio que inicia a invasão do Iraque, no dia 20 de março de 2003. Após uma enorme campanha de toda a imprensa burguesa mundial contra o dito “terrorismo” impulsionada pelo 11 de setembro, aliada à propaganda de Bush, o imperialismo invadiu o Iraque. Durante a invasão, que começou com a destruição completa da capital Bagdá, o país sofreu uma tentativa de divisão interna, um crescimento exponencial de milícias tipicamente fascistas, campos de concentração, campos de tortura e uma destruição total da infraestrutura do país, consequentemente das condições de vida do povo. Somaram-se nesse episódio monstruoso da nossa história recente mais de um milhão de cadáveres de iraquianos mortos pela guerra e por todas as suas consequências, como fome e doenças. A quantidade de mutilados e afetados duramente pela guerra é toda classe trabalhadora iraquiana.
O voto do senador Biden para matar um milhão de iraquianos
Desde de 2001, quando houve o 11 de setembro que serviu como pretexto para uma política intervencionista no Oriente Médio, com a chamada “Guerra ao Terror”, como era chamada nos jornais burgueses de todo mundo, juntamente com o próprio presidente dos EUA na época George W. Bush. Nesse momento, estava lá Joe Biden como Senador dos Estados Unidos e uma das figuras fundamentais para impor a guerra ao Iraque e ao Afeganistão. O voto de Joe Biden, em 2002, na autorização de um grande mar de recursos, de dinheiro do Estado, para o bombardeio, os campos de concentração e a destruição do país, para favorecer alguns monopólios do qual ele é uma sombra, é a superfície mais clara da sua ligação com os bancos internacionais e as petrolíferas. Ele não votou apenas, como articulou todo processo de ocupação.
Biden é destacado por seu longo histórico de negociatas no Iraque, onde desempenhou um papel decisivo não apenas na guerra em si, mas em todas suas consequênciais, como mortos, mutilados e torturados e a ascensão de grupos fascistas no país. O voto de Biden já mostrava suas relações com o imperialismo, mas foi durante o governo Obama, onde ele era o vice-presidente, que nos EUA nunca foi um papel decorativo como se costuma vender. Biden, como vice-presidente da república, foi o rei dos escombros de um genocídio.
Biden, vice-presidente: o conselheiro de Obama em dividir o Iraque
Quando Obama ganha a presidência em 2009, após a bancarrota do sistema financeiro mundial e prometendo acabar com a guerra do Iraque através de uma demagogia rasteira, da qual era rejeitada profundamente pela população norte-americana, devido aos seus gastos monstruosos que degredavam toda sociedade e destruía as condições de vida dos trabalhadores e a crise era sentida até na classe média, Obama volta-se para Biden como seu maior conselheiro na continuação da guerra do Iraque. Enquanto 150.000 soltados ocupavam o Iraque nesse momento, Obama dizia a Biden: “Você conhece o Iraque melhor que ninguém”, segundo depoimento de Antony Blinken, conselheiro de segurança nacional dos EUA. Biden seguiu a norma de dividir para saquear, e propôs dividir o país em três partes.
Antes ele já assumia funções importantes como o Comissário de relações exteriores do Senado, quando pressionava Saddam Hussein a permitir “inspetores de armas”, que não passavam de agentes da CIA e demais órgãos reacionários e antidemocráticos, chagando a dizer que Bush o usaria querendo ou não. Nos anos da invasão, o Iraque era seu principal destino internacional.
A Al-Qaeda foi substituída pelo ISIS, que dominava com grupos de mercenários cerca de 40% do território iraquiano. Tudo isso com recursos do imperialismo, que usou de pretexto para acabar com a “folga” da invasão, quando os EUA voltam com suas tropas para o Iraque.
O avanço do ISIS, chegando a Bagdá, coloca em marcha o plano orquestrado por Biden de rachar o Iraque em três, colocando 40% do território do país sobre o dominío de uma mílicia fascista fortemente armada; que ele armou. E no acordo com esses grupos estavam a capital e as regiões de minério, petróleo e energia como pertencentes aos Estados Unidos, isto é, aos monopólios que dominam o mercando internacional. Biden chegou a orientar Obama de retirar as tropas do Afeganistão e colocá-las todas no Iraque, pois sem o exército norte-americano controlando o ISIS e outros grupos, eles se tornariam forças independentes e de desestabilização política. Por isso o exército norte-americano ataca, volte e meia, esses grupos; longe de destruí-los, controlá-los por completo.
Biden foi o maior representante da política genocida que os EUA impuseram ao Iraque e aos iraquianos, responsável pelo saque imperialista, pelo regime de terror, pelo assassinato a sangre frio de milhares de trabalhadores, de inúmeras torturas em campos de concentração. O passado de Biden nos dá a clareza do que será um governo onde ele mesmo é a cabeça visível, um governo de genocidas dos povos dos países oprimidos da Europa, da América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e Oceania.