O presidente dos Estados Unidos da América, o “democrático” Joe Biden, nem bem arrumou o Capitólio americano já começa a colocar em atividade suas ações militares em torno das águas da China, que estuda o tom imperialista do novo governo americano. Nesta terça-feira, 26, aviões-espiões dos Estados Unidos e da China voaram lado a lado em Taiwan, ilha disputada pelos chineses.
Para esse domingo, 31, a marinha chinesa anunciou ainda um exercício militar no mar do sul do país. Os americanos já haviam enviado um porta-avião (USS Theodore Roosevelt) para a região, cujas águas os EUA e alguns países consideram de propriedade internacional.
Os EUA sempre enviam navios para essa área, sendo essa ação a primeira do governo Biden. O Pentágono, no final do ano passado, havia dito que a marinha americana, para conter o avanço expansionista da China no Pacífico e da Rússia na região báltica, teria que ser mais agressiva.
Os americanos sob a direção de Biden já começaram a seguir a recomendação do Pentágono, pois, além dos voos em área chinesa nesta terça, o porta-avião Theodre Roosevelt, acompanhado de dois destróieres e um cruzador, entraram no mar do sul da China no último sábado, mas foram, por sua vez, acompanhados por sete aviões chineses. Os chineses também já enviaram, para treinamento nesta região, 13 aviões de guerra, 8 bombardeiros e 4 caças.
A expansão da China na região preocupa o imperialismo americano. Joe Biden, que manteve um falso discurso ameno com relação à ação imperialista do governo Trump, fará pressão sobre a China, desde a disputa pelo 5G até ao domínio do sul do Mar da China. Essa região é muito estratégica.
Segundo dados oficiais do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos e da Agência Internacional de Energia, a região possui mais de 250 ilhas pequenas, recifes, bancos de areia, movimentação de 3 trilhões de mercadorias, incluindo 80% do petróleo e gás que vão para a China, assim como aí localiza-se o importante estreito de Málaca, que, apesar de ser curto, é bastante econômico, pois sem ele os navios que trafegam pelo leste teriam que contornar o norte da Austrália para chegar às demais regiões da China.
A região é disputada ainda por seis países- China, Vietnã, Filipinas, Indonésia, Brunei e Malásia-, os quais mantêm campos de petróleo, cujas reservas chegam a 11 bilhões de barris e 5,4 trilhões de m³ de gás. A China pretende 85% dessa região. A ONU já julgou queixas das Filipinas, mas a China não reconheceu a autoridade do órgão para esse tipo de julgamento sobre as terras.
Diante de todo esse contexto, sabemos que a região do mar do sul da China não ficará sem as ações imperialistas dos Estados Unidos, os quais indevidamente sempre se deslocam para a região aumentando a crise. Existem lá cerca de 100 mil soldados americanos. As forças americanas, em comparação à chinesa, são mais bem equipadas, possuem um orçamento 3,8 vezes maior, mas a China possui uma quantidade superior de soldados (2,03 milhões contra 1,38 milhão).
Há quem diga que o governo Biden ainda não definiu sua política com relação à China, mas suas atividades militares no país e os consequentes riscos que elas trazem não nos deixam enganar: o novo presidente americano será o político dos imperialistas, o presidente que intensificará ações mais violentas para afastar toda concorrência que o império americano vem sofrendo nas últimas décadas, sobretudo contra a concorrência e desenvolvimento vindos da China.
Enquanto sabemos que Biden, o “democrático”, irá intensificar as ações imperialistas no mundo, o presidente chinês Xi Jinping, em discurso no Fórum Econômico Mundial, disse que o mundo precisa evitar uma nova Guerra Fria, usando o multilateralismo como ferramenta para resolver os conflitos.