O fato de que Joe Biden ascendeu a presidência dos Estados Unidos, não modificou em nada a politica ditatorial e conservadora do país. Com os Democratas no poder, tem aumentado significativamente o endurecimento do regime politico contra as redes sociais, entre outros meios de comunicação. Não satisfeitos, agora, a Câmara dos Deputados estão pressionando as televisões a cabo para retirar do ar a emissora de direita Fox News.
A internet e as redes sociais abriram uma brecha gigantesca nos monopólios de comunicação do imperialismo, o que podemos ver de maneira clara é que atualmente burguesia está, de forma ilegal e sem qualquer amparo constitucional, tentando retomar o controle das informações. E para isso estão usando a ficção das fake news, “teorias da conspiração” e “desinformação”.
Dessa forma, o que se percebe é que o Estado norte-americano tem se fundido aos grandes conglomerados da internet e da informação, com a desculpa de combater a desinformação, as chamadas noticiais falsas e a incitação aos extremismos (sabe se lá o que isso signifique), para decidir o que pode e o que não pode ser dito nessas plataformas de comunicação. Ou seja, sabe se lá quem poderá definir de alguma o que é mentira e o que é verdade, usando critérios abstratos e relativos para assim censurar, banir e até mesmo levar a prisão aqueles que segundo os “democratas” estariam atentando contra o poder vigente e as instituições democráticas.
O jornalista Gleen Greewald vem fazendo uma série de denuncias em relação a censura dos meios de comunicação que está afetando diretamente jornalistas, empresas de noticias e personalidades que desafiam ou contestam as posições do imperialismo, principalmente o estadunidense e que se intensificou com chegada dos Democratas na Casa Branca. Para o jornalista o principal alvo desses ataques é a liberdade de expressão de toda imprensa, desde redes sociais à TV a cabo ou internet, chegando até os cidadãos americanos. De acordo com Greenwald nesse momento uma das principais prioridades dos congressistas democratas é censurar vozes divergentes.
A justificativa dos democratas para silenciar seus adversários online e na mídia – “eles estão espalhando notícias falsas e incitando o extremismo” – é o que dizem os déspotas em todos os lugares. Glen Greenwald
É importante ressaltar que a função da imprensa capitalista é sustentar o regime imperialista, e dessa forma ocultar, esconder os crimes que a burguesia pratica contra a população esmagada e governos, principalmente nos países atrasados.
A maneira como fazem isso é se utilizando do status de que seriam os donos da verdade e que seus materiais passam por checagem das informações antes de publica-las. No entanto isso não é verdade. Eles manipulam, distorcem e classificam o que pode e quando ser dito, e o que não deve ser visto pela população em geral. Não que com a internet essas manipulações tenha se modificado radicalmente de estrutura, porém dificulta em grande parte a monopolização das notícias por certos grupos. A dificuldade desses grandes meios de comunicação na manipulação da opinião pública ficou patente durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, em que todos eles se uniram em torno da candidatura do Biden e mesmo assim por pouco Trump não saiu vitorioso.
Logo após o democrata Biden tomar posse da presidência norte-americana, o Congresso dos Estados Unidos, em 20 de fevereiro, convocou os CEOs (Chief Executive Officer) das empresas de redes sociais, para comparecerem ao Capitólio, com a intenção explícita de coagi-los e pressiona-los a censurar ainda mais conteúdos em suas plataformas. Em relação a essa reunião Greenwald afirma: “os democratas da Câmara não esconderam seu objetivo final com esta audiência: exercer controle sobre o conteúdo dessas plataformas online”. E Isso, é importante lembrar, vai contra a primeira Emenda à Constituição americana.
Mas não é só esse tipo de censura nas redes sociais, a coisa vai além e descamba para uma ditadura abertamente. Dois representantes do Comitê utilizado para pressionar as empresas de redes sociais, Anna Eshoo e Jerry McNerney, enviaram cartas para os sete maiores provedores de cabo do país, Comcast, AT&T, Spectrum, Dish, Verizon, Cox e Altice – bem como distribuidores digitais de notícias a cabo (Roku, Amazon, Apple, Google e Hulu), exigindo saber o que esses distribuidores fizeram para combater desinformação conservadora antes e depois das eleições. Segundo eles, essas desinformações teriam se espalhado pelos canais de TV a cabo, Fox, Newsmax e OANN. Diante da coerção fica explicito que objetivo é remoção dessas TVs dos provedores inclusive obrigando-os a sair do ar.
O Comitê da Câmara alega que “a disseminação da desinformação e do extremismo pela mídia tradicional de notícias apresenta uma ameaça tangível e desestabilizadora”. A desculpa que está sendo utilizada pelos Democratas, para cecear e caçar a liberdade de expressão, imprensa incluindo os jornalistas, é de que os censurados não estariam apenas defendendo ideias alternativas e diferentes, mas que estes estariam desestabilizando a sociedade com mentiras, notícias falsas e discursos que incitam deliberadamente a violência, a subversão e o terrorismo doméstico.
Todas as características utilizadas pelo Comitê para a repressão são termos vagos, abstratos e dependendo do interesse de quem fiscaliza, pode se tornar uma verdadeira caça às bruxas, se é que já não se tornou.
É interessante que a maior parte da imprensa imperialista sempre tratou o ex-presidente Trump como sendo o maior inimigo da liberdade de imprensa e de expressão. Embora ter sido o mais atacado diversas vezes e de formas variadas, como o grande vilão contra os meios de comunicação, ele não fez nada para censurar ninguém. Por outro lado os civilizados “antifascistas”, Biden e sua turma estão fazendo as piores atrocidades contra a liberdade de expressão, em nome da democracia e se quer são criticados ou denunciados. A pergunta que fica é: quem são os fascistas ditadores?