A deportação de imigrantes quase dobrou no governo de Barack Obama (Partido Democrata). Governante do principal país imperialista do mundo durante dois mandatos, 2009-2017, o primeiro presidente negro dos EUA deportou mais de 2,5 milhões de pessoas em 8 anos de mandato.
Os dados são do próprio governo dos EUA e mostram que Obama foi o presidente mais carrasco dos imigrantes no último período, superando inclusive o seu antecessor George W. Bush (Partido Republicano).
Apenas em 2010, o governo Obama deportou mais de 392 mil imigrantes. Mas ele não parou por aí. Seu governo aumentou a fiscalização sobre empresas e organizações comerciais que empregassem imigrantes, investigando e perseguindo mais de 2,2 mil empresas naquele ano. Em seu 1º ano de mandato (2009), este número foi de 1,5 mil. Esta ofensiva do governo dos “democratas” resultou em acusações criminais contra 200 empresas e mais de 50 milhões de dólares em multas.
Criticado pela população, que se levantou em diversos protestos contra essas deportações em massa, o governo Obama se justificou dizendo que “metade dos deportados cometeram crimes graves, como assassinato ou estupro”. Ou seja, segundo o governo, quase 200 mil pessoas seriam criminosos que estariam nos EUA para apenas e tão somente cometer crimes. Isto obviamente não passa de uma farsa completa, dado que os imigrantes são o setor mais explorado da classe trabalhadora, utilizado pelos próprios empresários para pressionar para baixo os salários em geral.
Um presidente negro inimigo dos negros e dos imigrantes
Na época, em 2010, a ativista Sarahi Uribe, coordenadora nacional da campanha “Uncover the Truth” (Revele a Verdade, em tradução livre) – que tem como foco a política de deportações do governo – concedeu entrevista à BBC, veículo que da burguesia imperialista britânica, denunciando o governo Obama:
“Os imigrantes não estão apenas decepcionados com o governo Obama. Estão com raiva… Não conseguem acreditar que, sob o governo Obama, estejam sendo mais atacados do que já foram em décadas… É simplesmente incrível que o governo vá a público dizer que sua política de deportações é um sucesso”, afirmou Uribe.
Obama foi eleito em 2008 com uma gigantesca propaganda da imprensa imperialista mundial, que o divulgou como um homem que faria profundas mudanças, entre elas uma reforma nas leis da imigração, o que lhe rendeu um grande apoio dos imigrantes, que na época eram 12 milhões de pessoas nos EUA.
No entanto, era apenas promessa. Ao invés de ajudar os imigrantes, Obama ajudou a polícia, fortaleceu órgãos de controle e repressão nas fronteiras e bateu todos os records deportação de imigrantes.
Mas o governo “democrata” não parou por aí. De 2009 a 2015, Obama deportara mais de 2,5 milhões de imigrantes, dado que pode ser comprovado com base em ordens de remoção, de acordo com o próprio Departamento de Segurança Nacional. A dúvida que fica é: se esses são dados oficiais, quais são os dados reais? Quantas pessoas a mais que este número foram deportadas e não constam em nenhum registro oficial do governo?
Crianças em jaulas
No ano passado, imagens de crianças filhas de imigrantes enjauladas chocaram o mundo. A imprensa capitalista, na proximidade do início campanha eleitoral nos EUA aproveitou para desgastar o presidente de extrema direita, Donald Trump.
No entanto, o que a imprensa imperialista não falou é que essa prática não foi iniciada no governo Trump, pelo contrário, foi denunciada pela comunidade imigrante como uma prática do governo Obama!
Biden, o vice oculto do “deportador chefe”
Estes dados mostram uma verdade inconveniente: nenhum outro presidente na história dos Estados Unidos expulsou tantas pessoas como Obama, que chegou a ser apelidado de “deportador chefe” por líderes da comunidade latina.
Não por acaso, esses foram ocultados pela imprensa imperialista no último período, dado que o vice-presidente de Obama era ninguém mais, ninguém menos que Joe Biden. O ex vice-presidente democrata acaba de se eleger presidente dos EUA numa enorme operação de fraude eleitoral, apoiada por toda imprensa imperialista mundial.
A tarefa da imprensa imperialista, que vendeu Biden como uma salvação dos EUA ou como um “mal menor” diante de Trump, é ocultar toda a ficha corrida daqueles que são os principais inimigos do povo norte-americano e mundial, o setor fundamental da burguesia imperialista mundial, o Partido Democrata dos EUA, que invadiram o Iraque, sugaram os estados nacionais para salvar os bancos (diante da crise de 2008) e organizaram todos os golpes de Estado do último período, sobretudo na América latina, especialmente no Brasil.