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Estados Unidos

Biden: demagogia nos discursos, demagogia nos decretos

Sem propostas concretas, Joe Biden firma decretos que não alteram em nada a condição dos negros nos EUA

Joe Biden, o mais novo paladino da democracia norte-americana, que foi amplamente defendido por setores pequeno-burgueses da esquerda ao redor do mundo, por meio de decreto que supostamente promove política de igualdade racial, conquista o apreço de alas identitárias que tem seus anseio atendidos por propostas vazias e nada concretas.

O Presidente dos Estados Unidos por meio de uma série de decretos firmados na última terça-feira (26) assumiu o compromisso de promover políticas de igualdade racial no país. De forma ainda incipiente, admite que esse é o primeiro passo de seu governo perante o tema. Porém, uma análise mais minuciosa do panorama socioeconômico e político dos Estados Unidos, revelam mais do que uma série de propostas vazias, mas também um plano de supressão de revoltas populares.

Ao mesmo tempo que promove políticas ditas antirracistas, Biden impulsiona uma série de mecanismos legais para arregimentar novamente a estrutura política norte-americana, que parecia intacta antes da eleição de Donald Trump. Dito isso, promove ações que ditam a tônica enfatizando o debate sobre terrorismo doméstico no país, sendo que tal fato se deve as condições econômicas dos povos operários nos Estados Unidos se encontrarem em frangalhos e novos levantes populares se posicionarem no horizonte. Nesse sentido, tais políticas adotam um caráter de conciliação visando acalmar a população negra norte-americana, já que as revoltas em função do assassinato de negros pelas polícias em diversas localidades do país causaram um verdadeiro pavor nos setores burgueses e imperialistas daquele país.

Entre as propostas, apenas uma tem valor, bem como, urgência prática e direta na vida do povo negro norte-americano. Entre os decretos, Biden recomenda que Departamento de Justiça não renove seus contratos com gestores prisionais privados. Segundo o Presidente, tal medida visa impedir que empresas lucrem com os detentos. Vale lembrar que não são raras as denúncias que apontam a corrupção de juízes que são pagos para sentenciarem pessoas à temporadas em presídios que são gerenciados por instituições privadas. Dessa forma, essa é a única proposta, dentre todas as outras apresentadas no decreto, que pode surtir algum efeito benéfico ao suprimir a logística de encarceramento em massa que ocorre no país. Contudo, deve-se ressaltar que tal medida é apenas uma recomendação, e por ter tal característica, pode muito bem não ser acatada.

Novos programas de distribuição de renda e fim do aparato repressivo que massacra os negros no país não foram colocados em pauta pelos decretos do novo presidente dos Estados Unidos. Apenas a boa e velha demagogia em forma de propostas abstratas: “saúde e educação para os negros, projetos de urbanização para as periferias”. Ou ainda: “somos todos iguais, oportunidades iguais” De concreto, material, real: nada. Apenas promessas e recomendações que certamente não serão cumpridas.

Acreditar que Joe Biden, um homem que está intimamente ligado ao setor militar norte-americano, tendo influenciado e decidido sobre políticas de guerra ao redor do mundo, possui algum fio de compadecimento pelo povo pobre, negro, imigrantes e outras minorias é fechar os olhos para toda a política de rapina que os Presidentes norte-americanos conduziram ao redor do mundo, desde sempre. Logo, sem políticas concretas, Biden apela para alas identitárias que deslumbradas com a desenvoltura do novo mandatário do imperialismo, caem no erro de dar qualquer apoio, mesmo que mínimo, para o novo facínora morador da Casa Branca.

Para os próximos capítulos de sua política imperialista, podemos esperar, por parte de Joe Biden, novos golpes e processos de desestabilização políticas de zonas de interesse econômico para os ianques, um aprofundamento da crise econômica dentro dos Estados Unidos e na centralidade dos países imperialistas, uma marcha incessante para aniquilação das condições da vida da população operária ao redor do mundo e o possível apoio do Governo Norte-americano para governos de extrema-direita que possam surgir nos próximos anos. Portando, decreto nenhum, antirracista ou não, pode tirar de Joe Biden sua insígnia de demagogo, conservador, antidemocrático e opressor dos povos vulneráveis, não só dos Estados Unidos, mas de todo o mundo.

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