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Imperialismo democrático?

Biden começa a mover o tabuleiro de “War” contra China e Rússia

O objetivo é recolocar a dominação dos EUA ao resto do mundo, ainda que para isso seja preciso lançar mão novamente de armas nucleares

Em artigo publicado na semana passada na revista Proceedings, do Instituto Naval dos Estados Unidos da América (EUA), o Almirante Charles Richard, chefe do Comando Estratégico dos EUA (Stratcom) revela a possibilidade de uma guerra nuclear contra a China e a Rússia. A afirmação, carregada de ameaças e de movimentações para o confronto, mostra que o governo Biden, em menos de um mês de posse, já move suas peças de forma ofensiva contra a China, a Rússia e todos os países atrasados do mundo.

Segundo o almirante, em seu artigo:

Desde o colapso da União Soviética, o Departamento de Defesa (DoD) não teve que considerar a possibilidade de competição entre grandes potências, crise ou conflito armado direto com um par com capacidade nuclear. Infelizmente, o ambiente atual não nos oferece mais esse luxo. As implicações da competição atual e o risco associado de crise de grande poder ou conflito armado direto são profundas.

O oficial militar afirma que há uma possibilidade real de que uma crise regional com a Rússia ou a China “possa rapidamente se transformar em um conflito envolvendo armas nucleares”. Ele diz que se esses países perceberem que uma perda convencional ameaçaria o regime ou o Estado, isto ocorreria.

Em menos de um mês de governo, Joe Biden (Partido Democrata) já comprovou que fará um mandato de terror contra a população mundial. Neste pouco tempo, Biden já coordenou a continuidade de políticas de guerra, boicote e embargos contra países oprimidos, assim como reverteu a retirada de tropas norte-americanas de diversos lugares do mundo.

Com suas decisões e decretos, Biden já conduziu seis bombardeios na Somália, manteve o bloqueio na Síria, acusou o Irã de desenvolver armas nucleares dentro de alguns meses, manteve as tropas no Afeganistão, na Europa e agora ameaça uma guerra nuclear contra China e Rússia!

Isto fica claro na declaração do chefe do Comando Estratégico, que criticou a abordagem atual dos EUA sobre a dissuasão nuclear, sublinhando a necessidade de o exército do país mudar sua “premissa principal” de “emprego nuclear não é possível” para “emprego nuclear é uma possibilidade muito real”. De acordo com ele, a mudança do panorama global desde os anos 90 colocaria a necessidade de enfrentar e deter essa realidade.

Outro fato que comprova a ameaça de confronto é que o oficial acusou a Rússia e China de começarem a “desafiar agressivamente as normas internacionais e a paz global usando instrumentos de poder e ameaças de força de maneiras nunca vistas desde o auge da Guerra Fria e, em alguns casos, de maneiras nunca vistas antes da Guerra Fria, como ataques cibernéticos e ameaças no espaço.”

Nesse sentido, o chefe do Stratcom declarou vários passos necessários para a preparação do país para enfrentar uma guerra com a China e a Rússia. Entre eles, desenvolver uma “unidade de esforços” sobre a dissuasão das duas potências rivais, repensando a forma de adquirir capacidades futuras que preservam a vantagem competitiva dos EUA” ou “repensando como avaliamos os riscos estratégicos”.

Além disso, Richard acusou Moscou e Pequim de começarem a “desafiar agressivamente as normas internacionais e a paz global usando instrumentos de poder e ameaças de força de maneiras nunca vistas desde o auge da Guerra Fria e, em alguns casos, de maneiras nunca vistas antes. a Guerra Fria, como ataques cibernéticos e ameaças no espaço”.

Obviamente que a fala do almirante é um absurdo, dado que os EUA são o país mais agressivo do mundo no que diz respeito à ingerência sobre outros países e sobre a “paz”. É preciso lembrar que os EUA são o país do mundo que mais organizou e realizou golpes de Estado e militares em toda a história da humanidade.

A Rússia, por sua vez, rebateu reiterando em diferentes ocasiões que usará armas nucleares somente em resposta ao uso de armas similares ou outros tipos de armas de destruição em massa, tanto contra seu país, como contra seus aliados, como enfatizou o Ministério de Defesa da Rússia ainda em agosto de 2020.

Além disso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou em março do ano passado que os EUA “não estão apenas modernizando suas forças nucleares, mas também buscam fornecer-lhes novas capacidades, o que aumenta significativamente a possibilidade de seu uso”.

No mesmo sentido, o diretor-geral do Departamento de Controle de Armas da China, Fu Cong, afirmou em julho do ano passado que os EUA “buscam ampliar e atualizar seus arsenais nucleares e sistemas de defesa, seja no espaço ou na vizinhança chinesa”.

Com menos de um mês de governo fraudulento de Joe Biden (Partido Democrata), já veio a público o que poderia ser uma 3ª Guerra Mundial! Os argumentos utilizados pelo chefe do Stratcom, acusando a China e a Rússia de estarem ameaçando a paz mundial, são a típica postura de quem está procurando pretexto para iniciar um conflito.

A decadência do imperialismo mundial, sobretudo o norte-americano, é evidente. A crise gigantesca foi expressa nas eleições, com a extrema dificuldade de promover a vitória de Biden, mesmo com todo o aparato do imperialismo. A oposição à sua posse, como os protestos da invasão do Capitólio, é um dos muitos dados concretos de que a burguesia mais poderosa do mundo já não consegue mais controlar o regime do seu próprio país sem uma enorme instabilidade política.

Isso explica porque o boicote econômico que os EUA promovem contra países no mundo todo, e em especial contra Rússia e China, não tem mais sido suficiente para evitar o desenvolvimento destes como potências regionais, que ameaçam, por essa soma de fatores, a dominação do imperialismo mundial, como visto na Guerra da Síria, em que os EUA foram derrotados pela aliança entre Síria e Rússia.

Na impossibilidade do imperialismo manter seu domínio através do nível atual de agressão aos demais países, o governo Biden veio para inaugurar uma ofensiva que tem como objetivo recolocar a dominação dos EUA ao resto do mundo, ainda que para isso seja preciso lançar mão novamente de armas nucleares.

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