Na sexta-feira, 27 de setembro, diversos grupos, movimentos e coletivos ligados à causa negra se reuniram em Belo Horizonte na praça da Estação. Em seguida, realizaram um ato-cortejo pela morte de Ághata Félix que foi assassinada pela polícia fascista de Witsel há 8 dias no Rio de Janeiro. Além disso, o ato foi realizado no dia de São Cosme e Damião, padroeiro das crianças como forma de rechaçar os assassinatos sistemáticos que a polícia do Rio vem realizando contra crianças.
Anteriormente Zora Santos, uma das idealizadoras do evento, alegou que “é muito importante abandonarmos a prática e a forma de fazer política que aí está e não nos contempla, só nos extermina”. Dessa forma, as palavras de Zora significam que é preciso por o povo na rua. Como consequência se pode lutar pela vida que lhes é direito. Só assim será possível combater a impunidade dos que os colocam sob a mira de fuzis do regime fascista.
De acordo com outro organizador, Evandro Nunes, o movimento não é cego aos movimentos do capital “não estamos dizendo que antes não éramos atacados. Desde a nossa retirada do continente africano, somos paulatinamente violentados”. Posteriormente complementa afirmando: “Voltamos a viver em tempos de trevas, onde governantes estão, literalmente, abrindo fogo contra nossos corpos, numa guerra não declarada contra pobres, pretos e periféricos.”
Cansados dos assassinatos em massa contra a população negra é chegada a hora de virar o jogo e se mobilizar mais uma vez contra os ataques da direita.