Mais uma contribuição das tradições africanas para a cultura brasileira, se tornou Patrimônio Cultural do Brasil. A celebração afro-brasileira Bembé do Mercado, que comemora o fim da escravidão e reforça a resistência dos povos negros, é realizada em Santo Amaro (BA) e foi avaliada e aprovada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
A celebração teve início em 1889, um ano após a abolição da escravatura e desde então, há 130 anos é comemorada todo dia 13 de maio, para relembrar a luta pela liberdade e a resistência dos povos negros, de povos escravizados à cidadãos brasileiros.
A festividade tem forte base na religiosidade popular de matriz africana, pelo culto a Iemanjá e Oxum, divindades das Águas, num momento de agradecer a proteção individual e coletiva.
De acordo com a matéria publicada no site Na Mira, o pedido para registrar a celebração foi apresentado ao Iphan pela Associação Beneficente e Cultural Ilê Axé Ojú Onirè em 2014. O nome Bembé deriva do Candomblé.
No Recôncavo Baiano ele acolhe o melhor de suas expressões mesclando a história, cultura, arte e ação política. A renovação desta festa secular é um marco contra o passado escravagista, além de um obrigação religiosa destinada as divindades, para agradecer e propiciar o bem-estar da coletividade.