Após mais uma tentativa de impor a mordaça nas escolas, os golpistas morderam o próprio rabo. Em plena votação do Projeto de Lei 274/17 – conhecido como “escola sem partido”, um tumulto tomou conta da sessão na Câmara de Belo Horizonte-MG. A rejeição foi enorme, troca de socos, empurrões e intensa gritaria denotaram a repulsa da população quanto à política fascista de Bolsonaro (PSL) e seus asseclas golpistas.
O início da confusão se deu quando, durante o discurso do vereador Gilson Reis (PCdoB), um apoiador da política fascista “escola sem partido” fez sinal de arminha com as mãos (o mesmo gesto que o capitão boçal utiliza para propagandear sua política fascista). Por conseguinte, a vereadora Nely Aquino (PRTB), presidenta da casa, suspendeu a sessão e determinou que se fizesse o esvaziamento do local. A partir daí uma enorme confusão se estabeleceu. A Guarda Municipal, por sua vez, cumpriu seu papel e atacou os professores que, corretamente, se manifestaram contra os direitistas e sua política reacionária.
“Ele foi enforcado e desmaiou durante a abordagem. Agora, está no (Hospital de Pronto-Socorro) João XXIII, mas detido”, afirmou Cláudia Lopes da Costa, diretora do sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), ao se referir ao colega de trabalho que, inclusive, chegou a ser detido pela Guarda Municipal. Mediante o ocorrido, Cláudia se deslocou à Central de Flagrantes (ceflan) 1, no Bairro Floresta, Região Leste de BH, e registrou um Boletim de Ocorrência.
“Eu fui empurrada e puxada várias vezes pelos seguranças. Desde que a gente chegou, foi montado um aparato de segurança muito além do normal da Câmara. Parece que eles já estavam prontos para fazer algo”, relata Cláudia. “Estudantes, idosos e mulheres correram risco lá. Ninguém se feriu, mas o perigo foi grande”, completou.
Vale salientar que a direita tem encontrado uma barreira para aprovar sua política reacionária. Um setor contrario à política reacionária tem obstruído a bancada golpista. O texto, de autoria da bancada religiosa, tem 21 assinaturas, todavia, devido às manobras regimentais, não tem conseguido ser apreciado em 1º turno, e encontra-se há 10 dias engavetado.
Diante dessa investida contra a educação, é preciso levantar a palavra de ordem: abaixo o escola sem partido! A atuação dos professores que se opuseram à política da “escola sem partido”, que na verdade é “escola com fascismo”, foi legítima e precisa ser incentivada e apoiada por todos os educadores e pela população de conjunto.