Na reunião específica do Comando de Negociação dos Bancários e a direção do Banco do Brasil, referente à Campanha Salarial da categoria, realizada nesta quinta-feira (27), a direção da empresa propôs a redução da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de forma linear paga pelo programa próprio do banco.
Pelo atual acordo, ainda vigente, o banco distribui 4% de seu lucro líquido linearmente para os trabalhadores e, agora, o banco quer reduzir esse percentual para 2% do lucro líquido. Além do roubo nos vencimentos dos trabalhadores, o banco nas últimas reuniões de negociação pretende acabar com vários direitos sociais, tais como: a redução do tempo de avaliação necessário para retirada de comissão de função, que hoje é de três passando para apenas um clico avaliativo, a proibição da acumulação e venda dos cinco dias de folgas abonadas que o funcionário tem direito a cada ano; fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM e outros subsidiárias do banco.
Esses violentíssimos ataques contra os trabalhadores do Banco do Brasil tendem a se identificar, provocando uma queda ainda mais profunda nas condições de vida da classe trabalhadora. Sempre é bom lembrar que os bancos públicos estão no olho do furação da política do governo ilegítimo/fascista e de suas privatizações e, a retirada de direitos vai no sentido de pavimentar o caminho do entreguismo.
Nessas condições a arma dos trabalhadores bancários nesta campanha salarial é organizar a greve geral da categoria, mobilizar para derrotar o governo golpista dos banqueiros e dos tubarões capitalistas, inimigos do povo, e ir às ruas para barrar a ofensiva reacionária da direita fascista.
Além da unidade de toda a categoria bancária, uma das peças fundamentais para derrotar os golpistas é a unidade com outras categorias que estão e estarão em campanha salarial neste semestre, como os trabalhadores dos Correios – que já se encontram em greve – os petroleiros, metalúrgicos que, conjuntamente com as organizações de luta dos trabalhadores do campo e da cidade, da juventude e da esquerda anti-golpista são uma arma decisiva para superar as inúmeras manobras feitas pela direita que busca legitimar a sua política, que é fruto do golpe de Estado.
Portanto, para conter tal ofensiva não pode haver capitulação. Diante desses ataques da burguesia, os bancários devem, imediatamente, organizar a luta para o confronto imediato ao governo golpista e aos patrões. As condições estão dadas.