Em uma carta enviada a seu advogado, Cesare Battisti disse que entrou em greve de fome e protesta contra o isolamento que está submetido em uma prisão localizada na ilha da Sardenha. A greve de fome já dura três dias.
O prisioneiro político acusou o Estado italiano de levar adiante uma “vingança” e de tê-lo “sequestrado”. Disse que “o Estado quer me sacrificar por uma justiça que não existe”. Em sua visão, a greve de fome se justifica pela falta de escolha dada pela Justiça italiana.
O regime de isolamento na penitenciária é total. Battisti só consegue conversar com os guardas e raramente recebe visita de familiares, uma vez que o local é de difícil acesso, só sendo possível chegar por avião.
Em 2019, Battisti confessou, sob tortura, a participação em dois homicídios e ter participado em outros dois. Os acontecimentos das quais Battisti é acusado se verificaram no contexto da luta armada contra a ditadura que existia na Itália.