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Campanha salarial

Banqueiros insistem em rebaixar pauta, à greve!

Os lucros dos bancos destoam totalmente com a deterioração dos salários dos bancários

Em mais uma rodada de negociação entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e os representantes Comando de negociação da Categoria, os banqueiros insistem na política de arrocho salarial e de corte de direitos dos bancários.

No último dia 25 (terça-feira), na décima rodada de negociação da Campanha Salarial dos Bancários, os patrões mantiveram a propostas de reajuste zero, por dois anos e, tentam reintroduzir a famigerada política da era de FHC (PSDB) de abono, que significa o congelamento salarial e, logicamente, a perda no poder de compra dos trabalhadores – lembremos que na era do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), os bancários passaram oito anos sem reajuste salarial, que acarretou a perda salarial de mais de 100% nos seus salários – , e pretendem rebaixar o percentual de distribuição da PLR (Participação Lucros e Resultados).

Além do roubo nos vencimentos dos trabalhadores, os banqueiros, caso do Banco do Brasil, pretendem acabar com vários direitos sociais, tais como: a redução do tempo de avaliação necessário para retirada de comissão de função, a proibição da acumulação  e venda dos cinco dias de folgas abonadas que o funcionário tem direito a cada ano; fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM e outros subsidiárias do banco.

Os banqueiros, na última rodada de negociação, voltaram atrás nos quesitos da retirada da 13ª cesta alimentação e no rebaixamento da gratificação de função mantendo em 55%, mas tudo mundo sabe que essas manobras dos banqueiros é como aquela velha parábola do bode na sala que serve como justificativa para na realidade retirar direitos fundamentais dos trabalhadores, como por exemplo o reajuste salarial, aumento do piso salarial, recomposição das perdas, etc.

Os lucros dos bancos destoam totalmente com a deterioração dos salários dos bancários que ao longo dos últimos anos vêm recebendo apenas um reajuste, “acima” da inflação (a inflação calculada pelo governo é totalmente manipulada), no percentual de 1%, uma verdadeira miséria em comparação aos lucros dos banqueiros golpistas. Somente no primeiro trimestre deste ano os cinco maiores bancos já lucraram R$ 18 bilhões, o que destoa completamente com o salário de ingresso de um bancário que é um pouco mais do que R$ 2 mil, remuneração pífia quando comparado com o salário mínimo vital que, inclusive é garantia constitucional, não poderia ser menos do que R$ 5 mil.

Além dos salários arrochados, a categoria bancária está sofrendo uma ofensiva reacionária dos banqueiros através de demissões em massa, fechamento de centenas de agência, assédio moral, descomissionamento, ataque aos planos de saúde, etc. A proposta dos banqueiros de redução salarial e fim dos direitos dos bancários, fruto de décadas de lutas, é uma verdadeira afronta às reivindicações dos bancários.

Os bancários fazem parte de uma das categorias mais importantes, com um contingente de mais de 450 mil trabalhadores, sendo uma das poucas categorias que conquistou, através de muita luta, um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) nacionalmente e que detém um grande poder de mobilização.

É nesse cenário que os bancários preparam para mais uma campanha salarial, em meio a um golpe de Estado onde os direitos mais elementares dos trabalhadores estão sendo retirados um a um.

Fim da CLT (Consolidação da Leis Trabalhista), fim das aposentadorias, terceirização, privatização, a prevalência do negociado sob o legislado, arrocho salarial, desemprego, etc., estão transformado, literalmente, o trabalhadores em escravo.

Esses violentíssimos ataques contra os trabalhadores e, especificamente a categoria bancária tende, portanto, a se identificar, provocando uma queda ainda mais profunda nas condições de vida da classe trabalhadora.

Nessas condições a arma dos trabalhadores bancários nesta campanha salarial é organizar a greve geral da categoria, mobilizar para derrotar o governo golpista dos banqueiros e dos tubarões capitalistas, inimigos do povo, e ir às ruas para barrar a ofensiva reacionária da direita fascista.

Além da unidade de toda a categoria bancária, uma das peças fundamentais para derrotar os golpistas é a unidade com outras categorias que estão e estarão em campanha salarial neste semestre, como os trabalhadores dos Correios – que já se encontram em greve – os petroleiros, metalúrgicos que, conjuntamente com as organizações de luta dos trabalhadores do campo e da cidade, da juventude e da esquerda anti-golpista são uma arma decisiva para superar as inúmeras manobras feitas pela direita que busca legitimar a sua política, que é fruto do golpe de Estado.

Portanto, para conter tal ofensiva não pode haver capitulação. Diante desses ataques da burguesia, os bancários devem, imediatamente, organizar a luta para o confronto imediato ao governo golpista e aos patrões. As condições estão dadas.

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