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Mais decadência capitalista

Bancos preveem piora na crise

Segundo bancários, "fator medo" e queda do PIB devem prolongar e intensificar a crise econômica pós pandemia.

A crise capitalista que já estava em curso e foi amplificada pela pandemia do Coronavírus já causa vários estragos na economia mundial, e as previsões são de que esses estragos terão mais episódios além do previsto. No Brasil, segundo o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, o “fator medo” deve influenciar a retomada da circulação de pessoas e aglomerações até meados de 2021. O apontamento foi baseado em gráficos de outros países que já estão com a volta das atividades econômicas em ritmo mais avançado do que no Brasil, e demonstrou que a circulação de pessoas não é equivalente ao que se encontrava no final de 2019, quando a maioria dos países ainda não precisava do isolamento social e das quarentenas. Mas, além do medo das pessoas, o que não podemos ignorar é que a economia terá uma forte queda não apenas por isso, mas porque os trabalhadores estão sendo os mais prejudicados durante a crise. Ficando sem renda, sem emprego, e com um auxílio que é praticamente uma esmola (isso sem contarmos os milhões que nem isso estão conseguindo receber), os trabalhadores estão entrando em um momento crítico em que milhões tendem a entrar para as estatísticas de extrema pobreza e desemprego, o que conseqüentemente torna a recuperação econômica ainda mais difícil, afinal o consumo diminui e a distribuição de renda fica ainda mais desigual.

Ainda sobre a crise, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) prevê um impacto ainda maior da crise sobre as concessões de crédito. Entre março e maio deste ano, os bancos já liberaram mais de R$900 bilhões em contratações, renovações e suspensão de parcelas de empréstimos, além de renegociações de 9,7 milhões de contratos que chegam ao valor de R$ 61,5 bilhões, feitos em sua maioria por pequenas empresas e pessoas físicas. Estes resultados são reflexos da retração econômica de 1,5% no primeiro trimestre do ano segundo o IBGE, e isso deve aumentar ainda mais se forem confirmadas as estimativas de mais de 10% de queda econômica para o ano de 2020. Além disso, se observarmos a agenda econômica do governo, podemos ver que tudo se encaixa. O governo já depositou nas mãos dos bancos mais de R$1 trilhão de reais que seriam “administrados” para salvar as micro e pequenas empresas da crise, ao invés do próprio governo resolver o problema, e isso não foi atoa, já que o próprio ministro da economia Paulo Guedes declarou que salvar as pequenas empresas seria jogar dinheiro fora, que o governo deveria investir em salvar grandes empresas. Com isso, as pequenas empresas e as pessoas físicas apesar das altas taxas de juros e até mesmo a grande burocracia para conseguir crédito, acabam sendo obrigadas a se sujeitarem as políticas bancárias. Se a procura aumenta, o governo se vê “obrigado” a injetar mais dinheiro nessas instituições que são verdadeiras sangue sugas do Estado e dos trabalhadores, cumprindo assim a lógica liberal de apenas contemplar o capital e os grandes capitalistas, o que gera ainda mais desigualdade e deixa os trabalhadores ainda mais endividados.

A crise não se limita as políticas econômicas e nem mesmo ao Brasil, no mundo todo outro fator também tem influenciado as incertezas e tensões econômicas, que são as manifestações dos trabalhadores por melhores condições de vida e pela revolta contra o sistema. Nos Estados Unidos, após o assassinato de George Floyd por um policial branco a onda de protestos violentos por todo o país que chegaram até mesmo a Casa Branca gerou instabilidade nos mercados e fez com que produtos financeiros até mais estáveis, como o ouro, sofressem oscilações. Chile, Equador, Líbano, França e agora mais recentemente o Brasil também estão presenciando manifestações contra seus governos e suas políticas que devastam a vida dos trabalhadores e isso gera a famosa instabilidade no mercado financeiro, pois é justamente uma ameaça as instituições e ao próprio sistema burguês, que já vem sendo golpeado por uma crise aguda intensificada pela pandemia do Coronavírus.

Se as previsões são de que o capitalismo possa ficar ainda mais em decadência, é hora de intensificar as organizações e as manifestações dos trabalhadores perante tal situação, pois as conseqüências dessa crise irão cair principalmente sobre o proletariado, que deve continuar pagando os prejuízos da crise burguesa. Somente a organização popular e com o povo indo as ruas é possível a derrubada de governos que só priorizam a classe burguesa, como é o caso do governo Bolsonaro, e somente assim será possível a construção do governo operário.

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