No país do golpe, mais uma vez boas notícias só para os grandes capitalistas, como os banqueiros. Já em 2019 os bancos fecharam as contas com um aumento superior a 30% nos seus lucros, mesmo assim, recorreram à milhares de demissões para otimizar seus resultados financeiros em 2020. Esse é o grande paraíso dos banqueiros no meio do inferno da classe trabalhadora. Em 2019, os lucros nos bancos bateram recordes. O lucro dos cinco maiores bancos do país somou R$ 108 bilhões no ano passo, uma alta de 30%,3% em 12 meses.
Os superlucros dos bancos, mesmo em meio às crises econômicas e à crise sanitária, continuam a se ampliar. Vale destacar sempre, que os banqueiros receberam de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, 1,2 trilhões de reais, para reverterem em empréstimos a classe operária e à classe média e com isso triplicar em pouco tempo o valor roubado do dinheiro público na mão do governo fascista. Enquanto isso os bancos demitiram e descumpriram acordos coletivos de trabalho, como de não dispensar seus funcionários durante a pandemia, ampliando o mar de desemprego brasileiro, que pela primeira vez na história fez a mão de obra de reserva(desempregados) ultrapassar o número de trabalhadores empregados.
O lucro líquido somado de Itaú Unibanco, Santander, Bradesco e Banco do Brasil – quatro dos principais bancos no Brasil – foi de R$ 15,582 bilhões no terceiro trimestre de 2020.
O valor é 28% maior que o registrado no segundo trimestre (R$ 12,164 bilhões), apesar de ser 19,2% menor que os R$ 19,277 bilhões do mesmo período em 2019.
Enquanto os trabalhadores se afundam no desemprego, na miséria e na fome, para os bancos a ampliação dos lucros continua numa espiral ascendente, esse já é o melhor resultado de 2020 – o lucro conjunto dos quatro bancos foi de R$ 13,762 bilhões e R$ 12,164 bilhões, no primeiro e segundo trimestre, respectivamente.
Além disso, os grandes bancos, verdadeiras aves de rapina, querem ampliar seu enorme tesouro, com o apoio do governo de extrema direita brasileiro, buscam a chamada autonomia do BC (Banco Central), para que não haja nenhum controle político ou pressão popular que atrapalhe os interesses dos banqueiros, colocando nas mãos dos bancos o controle direto do órgão responsável pela política monetária.
O projeto de autonomia do BC é apoiado pelos setores financeiros e é uma das principais bandeiras do governo Jair Bolsonaro (ex – PSL, sem partido) e do ministro da Economia, Paulo Guedes. O capital financeiro internacional procura firmar um controle sobre a política econômica do país, de forma a garantir o atendimento de seus interesses econômicos.
O objetivo da política fascista é blindar o BC de interferência de governos e partidos políticos que não tenham alinhamento com a política do imperialismo, mesmo que seja um governo de tipo nacionalista burguês moderado com os que ascenderam na América Latina como resultado da insurreição popular contra o neoliberalismo.