Bancos e instituições financeiras europeias financiam empresas que promovem o desmatamento da Amazônia. Apenas as instituições britânicas forneceram mais de R$ 10 bilhões para três empresas da indústria da carne bovina, Minerva, Marfrig e JBS, conectados ao desmatamento amazônico.
Os dados foram levantados pelo jornal britânico The Guardian, em conjunto com Unearthed e Bureau of Investigative Journalism e apontam que no primeiro semestre de 2013 o Hong Kong and Shanghai Banking Corporation (HSBC) instituição britânica teria operado R$ 5,6 bilhões em títulos da Marfrig, R$ 4,7 bilhões para a Minerva e R$ 15,3 milhões da JBS. A também britânica Standard Life Aberdeen também operava com R$ 51,2 milhões na Marfrig e R$ 15,3 milhões na JBS.
Na investigação também foram citados as britânicas Prudential UK e Schroders, mas não limitou-se apenas as instituições do Reino Unido, também foram levantados o envolvimento da francesa Crédit Agricole, do alemão Deustch Bank e do banco espanhol Santander. O cenário demonstra que ainda prevalece a prática histórica geral das instituições bancárias europeias de financia a exploração dos países atrasados sem qualquer outra preocupação que não seja o lucro, promovendo a destruição nesses países e sofrimento de seu povo.
Afora toda demagogia dos governos e até empresas europeias sobre supostas preocupações ambientais e sociais com a Amazônia, este exemplo demonstra que a política que expôs as veias da américa latina, fazendo nosso sangue nutre a opulência europeia ainda está em prática, operando conforme os interesses dos grandes capitalistas. Na verdade podemos fazer um comparativo entre a escalada das menções de preocupação estrangeiras com Amazônia e o crescimento absurdo do investimento internacional na exploração destrutiva da mesma.
Temos que ressaltar que historicamente já se demonstrou que essa exploração predatória não traz desenvolvimento a região explorada, direcionando todo lucro ao financiador deixar apenas destruição e miséria nas regiões exploradas. Sendo esse o processo que gerou os quadros sintomático de fome e penúria em toda a américa latina e em outras regiões do então chamado terceiro mundo.
Temos que ter consciência os recursos naturais são bens públicos e sua degradação para atender interesses privados é verdadeiro assalto a toda a população. Essa política de roubo dos bens públicos através de grilagem e desmatamento apenas se aprofundou com o golpe de estado de 2016, chegando a patamares nunca vistos no governo do golpista Bolsonaro e apenas a derrubada dos golpistas do poder, poderá frear esse processo.