A sucursal do banco espanhol no Brasil, Santander, aumenta a investida reacionária contra os seus funcionários com estabilidade previdenciária e, principalmente, aqueles que exercem funções ligadas às atividades das organizações dos trabalhadores, tais como dirigentes sindicais e cipeiros.
Conforme denúncia, Nota de Repúdio, expedida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), salienta que o Banco Santander “no final de 2020, modificou unilateralmente o contrato de trabalho de mais de 40 trabalhadores em todo o Brasil que detinham ação trabalhista, onde se reclama a descaracterização de cargo de confiança e, por consequência, o pagamento da sétima e oitava horas, laboradas, diariamente, como extras” e que, “a referida alteração do contrato de trabalho resultou, de forma abrupta e violenta, em importante redução dos salários de tais trabalhadores(as), chegando a 55% de sua renda, causando-lhes prejuízos à preservação da própria subsistência”. (Site Contra/CUT 11/02/2021)
No caso dos representantes dos trabalhadores, a nota da Contraf denuncia que: “no caso, especifico dos dirigentes sindicais e cipeiros, que exercem mandato de representação, vislumbra-se, também a pretensão de cercear o pleno exercício do mandato sindical dos(as) trabalhadores(as), violando o direito à liberdade sindical, constitucionalmente assegurada, igualmente, garantida por inúmeras convenções da Organização Internacional do Trabalho, além de decisões do seu Comitê de Liberdade Sindical”. (Idem)
Não é a primeira vez e, sem dúvida não será a última que os banqueiros imperialistas, instalados em solo tupiniquim, irão utilizar as suas garras contra os trabalhadores e suas organizações.
A direção golpista do Santander vem sistematicamente investindo contra os trabalhadores e seus representantes sindicais que, mesmo tendo a estabilidade assegurada por meio da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), esses mesmos banqueiros, financiadores do golpe de Estado no Brasil, se sentem à vontade para perseguir, porque contam com o suporte dos seus governos e das instituições do Estado, como a justiça, por exemplo, que fecha os olhos quando se trata de resguardar os direitos da classe trabalhadora.
A ofensiva do Santander contra os trabalhadores não é exclusividade deste banco; os banqueiros de conjunto, tanto dos privados quantos os públicos, com o golpe de Estado, vêm se utilizando desses recursos com o objetivo de tentar acuar as lutas da categoria bancária, através das ameaças de demissões, processos administrativos, etc.
Nesse sentido é necessário organizar uma mobilização de toda a categoria bancária, com o objetivo de barrar os ataques dos banqueiros. Desde o golpe de 2016 os banqueiros jogaram no olho da rua centenas de milhares de trabalhadores bancários, o aumento da superexploração, com o arrocho e rebaixamento salarial, etc. As organizações de luta dos trabalhadores bancários devem chamar, imediatamente, uma plenária nacional de toda a categoria, com o objetivo de colocar os trabalhadores em movimento contra esses ataques.