O governo ilegítimo Bolsonaro partiu para uma nova ofensiva privatista contra os bancos públicos, com o objetivo de transferir o patrimônio do povo brasileiro, a preço de banana, para as mãos dos banqueiros nacionais e internacionais.
No último dia 10 de janeiro os prepostos do governo golpista à frente da direção do Banco do Brasil anunciou, através de Fato Relevante ao mercado, o aprofundamento da política de reestruturação, que vem sendo implantado desde o golpe de Estado, que visa jogar no olho da rua 5 mil trabalhadores. Dentre outras medidas a reestruturação irá fechar 361 unidades em todo o país, a transformação 243 agências em Postos de Atendimento, ou seja, tais agências não mais terão atendimento físico que serão substituídos por terminais eletrônicos somente, a transformação de 145 unidades de negócios em lojas e, com isso, eliminação dos Caixa Executivos dentre outros postos.
Essa nova medida da direção do banco dá continuidade ao mesmo processo de pavimentar o caminho da privatização que, em meados de 2019, no mesmo processo de reestruturação, demitiu 2,3 mil trabalhadores, através do famigerado Programas de Demissões, que resultou no fechamento de 333 agências bancárias, o redimensionamento em setores administrativos nas unidades táticas, nas áreas de apoio e rede, o que afetou diretamente milhares de funcionários escriturários, caixas e comissionados. Além disso o banco se desfez de importantes ativos ao vender subsidiárias, tais com o BI (Banco de Investimento), IBR Brasil (seguradora), Banco Votorantin, Neoenergia, e já anunciou a venda da BB DTVM e o BB Américas.
Na Caixa Econômica Federal, da mesma forma como vem acontecendo no BB, o caminho da sua privatização já vem se intensificando, também desde o período do golpe, indicando que a entrega, desse imenso patrimônio do povo brasileiro, se dará em um prazo muito curto.
A direção da Caixa anunciou, conforme entrevista para o jornal Valor Econômico, no dia 30 de dezembro 2020, a criação do banco digital, que ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central e pelo Conselho de Administração da Caixa, banco esse que terá um outro CNPJ e será responsável pelo pagamento de todos os benefícios sociais operados pela Caixa, esse banco digital irá passar por um processo de abertura de capital (IPO) no Brasil e no exterior, o que significa que a administração desses gigantescos recursos passarão para mãos privadas, tais como a Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, crédito imobiliário, etc.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, desde que assumiu a direção da empresa, vem sistematicamente implementando mediadas no sentido de privatizar o banco. O mesmo processo de reestruturação que acontece no BB, a Caixa já fechou diversas agências e dependências bancárias, provocou o descomissionamento em massa, implantou um plano de demissão com o objetivo de demitir 10 mil bancários, além disso está entregando as subsidiárias do banco, a preço de banana, como foi o caso da Lotex, doada para um grupo formado pelos capitalistas imperialistas norte americano e inglês, a tentativa de entregar o setor de seguridade, cartões, etc., o próprio Guimarães já admitiu diversas vezes que não vê problemas na possibilidade de abertura de capital da Caixa.
As empresas estatais correm um sério risco de privatização. O governo ilegítimo/fascista de Bolsonaro é um preposto dos banqueiros internacionais, que querem a qualquer custo expropriar, ainda mais, os trabalhadores e toda a população em geral com um objetivo claro de aumentar os seus lucros. A Caixa Econômica Federal é um dos bancos mais importantes do País, responsável por programas sociais e de habitação. O Banco do Brasil, de igual importância, sempre foi um agente de extrema relevância no desenvolvimento do pais com o objetivo de fomento, desenvolvimento regional, suporte para empresas e produtores rurais de todo o país.
Vender esses bancos significaria acabar com todos esses programas, ou seja, atingirá de maneira catastrófica dezenas de milhões de brasileiros.