Bancários de vários estados do país estiveram presentes na 2ª Conferência Nacional Aberta dos Comitês de Luta Contra o Golpe, que se realizou nos últimos dias 14 e 15 de dezembro em São Paulo.
Além da participação na plenária de abertura da Conferência, os bancários, em reunião, no segundo dia de grupos, definiram uma pauta de luta para a categoria que tem como palavra de ordem fundamental o Fora Bolsonaro e todos os golpistas e organizar comitês de luta contra o golpe na base da categoria.
A categoria bancária vem sofrendo um gigantesco ataque dos banqueiros e seus governos através de uma política de destruição do emprego bancário. Somente no ano de 2019 cerca de 36 mil bancários perderam os seus empregos, que foram substituídos por um pouco mais de 29 mil trabalhadores com menores, em média 60%, dos salários dos demitidos (prática utilizada pelos banqueiros para maior obtenção de lucro às custas da superexploração), com o fechamento definitiva de mais de 6 mil postos de trabalho; além disso, a categoria vem sofrendo com a política de terceirização, arrocho salarial, tentativa dos banqueiros em aumentar a carga horária de trabalho e trabalho aos sábados e domingos, etc., ou seja, uma ofensiva gigantesca dos banqueiros e seus governos que visa liquidar com os direitos dos bancários conquistados através de muitas lutas de gerações de trabalhadores.
A cada dia fica mais claro para a classe trabalhadora e, especificamente os bancários, que somente a mobilização poderá barrar a ofensiva dos banqueiros golpistas, que são uma ponta de lança do golpe. A formação de comitês de luta contra o golpe na categoria vai no sentido de intensificar, em todo o País, a campanha nos locais de trabalho pelo “Fora Bolsonaro e todos os golpistas”.
Levantar um conjunto de reivindicações que se contraponha ao avanço da ditadura dos banqueiros e a paralisia dos setores da esquerda que querem apenas esperar pelas eleições e semear a ilusão de que a atual conjuntura de golpe e derrotas da categoria bancária e da população em geral possa ser revertida por meio de processos eleitorais.
Além da formação dos comités de luta contra o golpe é urgente barrar a política de ataques aos trabalhadores através dos métodos tradicionais de luta: greve geral de toda a categoria e barrar a política de terra arrasada dos banqueiros e dos seus governos ilegítimos/fascistas.