A direção golpista do Banco Itaú vem sistematicamente descumpridor o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial, feito durante a pandemia do coronavírus.
O fato mais grave, além da questão do banco de horas em que o banco vem sabotando a entrega dos computadores para quem está em modo telebralho, é o total desprezo do banco em relação à proteção dos trabalhadores, principalmente no momento em que o país passa pelo aumento gigantesco em relação à contaminação pelo coronavírus.
A Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE/Itaú) apresentou à direção da empresa várias denúncias de descumprimento das medidas de segurança de proteção ao contágio do Covid-19, tais como a realização de testes nas agências para todos os funcionários e, o banco logo de pronto respondeu, mais uma vez, com uma negativa com a justificativa esfarrapada de que levará o tema para a mesa de negociação unificada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Perguntado à direção do banco sobre a questão da higienização das agências, a resposta foi de que estão sendo feitas no prazo entre 48 e 72 horas, sendo que, na verdade, ninguém de fato presencia tal ação do banco.
Outra denúncia grave é que os trabalhadores terceirizados, tais como vigilantes e trabalhadores da limpeza em agências contaminadas estão sendo transferidos para outras agências sem que se faça teste, ou seja, aumenta a probabilidade da propagação do contágio.
As agências bancárias são um ambiente adequado para a propagação do contágio do novo coronavírus. Vários pessoas estão sendo contaminadas o que já levou a óbito diversos trabalhadores bancários, isso sem falar das diversas pessoas que se dirigem às agências bancárias que foram contaminas, mas não se tem uma estatística sobre esses casos. É evidente que as poucas medidas de segurança adotadas pelo Banco Itaú não dá conta do risco que os trabalhadores estão passando, quem dirá dos clientes.
Os trabalhadores bancários e a população, que necessita dos serviços bancários estão na linha de frente para o alastramento do contágio do Coronavírus. As medida de proteção devem ser tratadas com a devida urgência já que se trata de um ambiente extremamente propício para a propagação do doença. Para evitar que haja mais mortes pela contaminação é necessário o fechamento imediato do atendimento presencial nas agências, enquanto persistir a mínima possibilidade de contaminação no ambiente de trabalho; abertura de todos os caixas de auto-atendimento e de todas as suas funções; ampliação do horário de funcionamento dos caixas eletrônicos; redução da jornada de trabalho para 4 horas diárias para todos, com completa flexibilização do horário de entrada e saída; contratação imediata de novos funcionários; são algumas das reivindicações que devem ser atendidas já. Para evitar uma maior superexploração dos trabalhadores, e mais mortes pela contaminação do Covid-19, é necessário o fechamento imediato do atendimento presencial nas agências e chamar uma greve da categoria para forçar o atendimento de todas as reivindicações dos trabalhadores que estão sendo descomprimas pelos bancos.