Os bancários, do Banco do Brasil, realizaram greve, nesta sexta-feira (29) em várias capitais e cidades do país contra a ofensiva reacionários do governo ilegítimo Bolsonaro e seus prepostos à frente da empresa que, logo no começo deste ano aprofundaram a política de reestruturação, com o objetivo de demitir 5 mil trabalhadores, o fechamento de 870 postos de atendimento, a mudança da remuneração dos Caixas Executivos, o descomissionamento em massa, realocação compulsória de funcionários, rebaixamento salarial, dentre outras medidas nefastas à categoria.
A tal famigerada reestruturação é mais uma medida dos golpistas com objetivo de dar mais um passo para privatizar um patrimônio do povo brasileiro, construído ao longo dos seus 213 anos de existência.
A grande adesão ao movimento paredista, desta sexta-feira, dá um quadro do grau de insatisfação dos trabalhadores que vem sofrendo, desde o início do golpe de estado em 2016, com o aumentou exponencial dos ataques aos seus funcionários. Os 5 mil trabalhadores, que o banco pretende jogar no olho da rua até o próximo mês de fevereiro, irão se somar aos mais de 7 mil que já foram demitidos através dos famigerados PDV’s (Plano de Demissão Voluntária), às mais de 300 agências que já foram fechadas, que acarretou o descomissionamento em massa e a transferência compulsória de funcionários; isso sem falar do arrocho salarial, onde o banco se recusar em reajustar os salários acima da inflação e executa uma política de total terror, através do assédio moral, para que os seus funcionários cumpram metas de vendas de produtos bancários.
A greve que contou com o fechamento das agências e a adesão daqueles que se encontram em trabalho remoto, devido a pandemia do coronavírus, ocorrem em praticamente todas as capitais, grandes cidades e em diversos municípios, conforme divulgado pela Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contra/Cut) contabilizadas, apenas na parte da manhã, cidades como: Lagoa Santa (MG), Catanduva (SP), Divinópolis (MG), Passo Fundo (RS), Rolante (RS), Parobé (RS), Igrejinha (RS), Campina Grande (PB), Blumenau (SC), Rio Grande (RS), Macaé (RJ), Dourados (MS), Umuarama (PR), Assis Chateaubriand (PR), Cruzeiro do Oeste (PR), Campos de Goytacazes (RJ), Paranavaí (PR), Taubaté (SP), Olinda (PE), Paulista (PE), Igarassu (PE), Arcoverde (PE), Gravatá PE), Vitória de Santo Antão (PE), Apucarana (PR), Borborema (SP). Uberaba (MG), Mogi das Cruzes (SP) e Juiz de Fora (MG), Assis (SP), Cândido Mota (SP), Paraguaçu Paulista (SP) e Palmital (SP), Alta Floresta (MT), Sinop (MT), Sorriso (MT), Lucas do Rio Verde (MT), Pontes e Lacerda MT).
Uma questão que precisa esclarecer às organizações sindicais é em respeito às greves de protestos por tempo determinado, cujo argumento servem de base para as greves de 24 e 48 horas é a expressão de uma enorme confusão política introduzida no movimento operário que acaba por limitar, já no seu início, a mobilização dos trabalhadores. Em verdade, não existem greves como tempo pré-determinados. Quando uma categoria entra em greve, seu tempo de duração estará definido pelas suas reivindicações e pela capacidade dos trabalhadores em sustentabilidade-las.
É necessário chamar, plenárias nacionais, encontros regionais, presenciais, com o objetivo de preparar uma gigantesca mobilização, com greves por tempo indeterminado, ocupações, etc. – logicamente com os devidos cuidados sanitários – para barrar a ofensiva reacionários dos banqueiros e seus governos.