Os bancários do Banco do Estado do Pará (Banpará), reunidos em assembleia, decidiram decretar estado de greve. Caso o banco não volte atrás na decisão de não pagamento das progressões por antiguidade e merecimento, que já deveriam ter sido pagas em janeiro deste ano, a categoria irá radicalizar.
A direção golpista do Banpará alega que a medida se deve pelo não atingimento do lucro líquido e também do índice de eficiência, adaptado com a justificativa de que tal medida está prevista no regulamento do PCCS (Plano de Cargo, Carreira e Salários).
Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Pará, Gilmar Santos, “esse regulamento que o banco fala, nunca teve nossa anuência. Foi uma determinação imposta pela direção da empresa que desconsiderou todo o debate do grupo de trabalho paritário no GT PCS, contratando uma consultoria externa para criar o dispositivo. Da mesma forma unilateral e intransigente como agora afirma que não haverá o pagamento das promoções”. (Site Fetec CN)
Não é por acaso que a direção do banco determina mais esse ataque aos seus funcionários. Sistematicamente o banco vem impondo uma política que visa passar por cima dos direitos e conquistas dos trabalhadores para favorecer uma camarilha instalada no governo do estado. Sempre é bom ressaltar que o Estado do Pará é controlado por um representante direto, Helder Barbalho, do que é mais atrasado e reacionário no cenário político do país: o coronelismo, que, em última instância, é subserviente aos interesses dos banqueiros internacionais, que querem a todo o custo confiscar o patrimônio do povo brasileiro.
No ano passado os trabalhadores já sofreram, seguindo a mesma política do reacionário governo federal, de demissão em massa através dos famigerados PDV’s, quando o banco abriu o processo para funcionários aposentados pelo INSS que continuavam trabalhando e, fez isso através de perseguições, pressões, ameaças, etc.; descontou o dia dos trabalhadores que aderiram à greve contra a “reforma” da Previdência (que afetou diretamente os bancários), passando por cima do direito de greve, etc.
O não pagamento do que é devido aos bancários do Banpará é mais uma medida que visa deteriorar as já precárias condições de vida do trabalhador para beneficiar meia dúzia de parasitas. Os bancários não devem aceitar mais esse ataque dos patrões e, através de suas organização, mobilizar toda a categoria bancária, que está sofrendo com as políticas dos banqueiros de demissões em massa, terceirizações, arrocho salarial, fechamento de agências, privatizações, etc.,
Conjuntamente com os demais trabalhadores para por fim a política de terra arrasada para os trabalhadores como consequência do golpe de Estado pelo qual passa o país. Para isso é necessário ter uma palavra de ordem que unifique a classe trabalhadora e toda a população em geral pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, Eleições Gerais já. Organizar caravanas toda a categoria bancários do estado do Pará a se juntarem aos demais trabalhadores do país inteiro no ato nacional pelo Fora Bolsonaro que acontecerá em São Paulo no próximo dia 18 de abril.