Está marcado para o próximo dia 18 de março, atos em todo o país, que serão realizados pelas organizações dos trabalhadores, principalmente a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que tem como mote a Jornada de Lutas de 2020.
Para a Secretária Geral da Cut, Carmen Foro, o dia 18 de marco será “o dia nacional de luta em defesa do Serviço Público, Educação, Estatais, Emprego e Salário, Soberania, Defesa da Amazônia e Agricultura Familiar” e, completa o chamado, da maior Central Sindical da América Latina, fazendo uma referência ao dia de luta das mulheres, que aconteceu no último dia 8 de março, em que centenas de milhares de trabalhadoras saíram às ruas, em todas as regiões do país: “a força dos atos ‘Fora Bolsonaro’ das mulheres deu um pontapé fundamental para seguirmos preparando o dia 18 com muita energia e determinação”. (Site Cut 11/03/2020)
Seguindo a orientação da CUT Nacional, a Contraf/Cut (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) deliberou a organização da mobilização da categoria bancária, principalmente dos bancos públicos, para participarem dos atos, no país inteiro, contra os processos de privatizações desses bancos.
Os bancos públicos, tanto os federais quanto os estaduais, vêm passando um processo de reestruturação, com readequação de quadros, demissão em massa, fechamento de agências e departamentos, venda das suas subsidiárias, terceirização, arrocho salarial, enfim, uma quantidade de medidas cujo o objetivo é adequar esses bancos para entregar-los para os banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais.
A categoria bancária, da mesma forma que os demais trabalhadores, está sofrendo um aprofundamento dos ataques aos seus direitos, conquistados através de mais de um século de lutas, realizado por esse governo, que é fruto de um golpe de Estado, conjuntamente com o reacionário Congresso Nacional, que vem aprovando todas as “reformas” do executivo: previdenciária, trabalhista, terceirização, etc.
Os bancários tem todos os motivos para irem às ruas para barrar a ofensiva da direita reacionária de transferência dos recursos dos trabalhadores para as mães dos banqueiros.
É necessário utilizar o dia 18 de março para ampliar a mobilização da classe trabalhadora na perspectiva de uma verdadeira greve geral, convocando os trabalhadores a paralisar suas atividades, por tempo indeterminado, sob a base de reivindicações concretas e reais, para barrar os golpistas e sua política de ataques aos direitos dos trabalhadores.
Ter como palavra de ordem aquela que unifique toda a classe trabalhadora e a população em geral, que vise dar um fim ao golpe de Estado, responsável por toda a política de terra arrasada contra os trabalhadores: Fora Bolsonaro e todos os Golpistas, Eleições Gerais Já. Organizar comitês de luta em todos os locais de trabalho, nos bairros e, organizar, caravanas no país inteiro, para o ato pelo Fora Bolsonaro no dia 18 de abril em São Paulo.