Neste domingo (25), ocorreu no Paraná mais um mutirão pela liberdade de Lula, organizado pelo Partido da Causa Operária (PCO) e pelos Comitês de Luta Contra o Golpe e o Fascismo. Mais uma atividade de sucesso e de importância central no cenário político, dado que o ato nacional pela liberdade do ex presidente será no próximo dia 14 de setembro em frente à Polícia Federal em Curitiba.
Os militantes seguiram a atividade tradicional de coleta de assinaturas pela anulação de todos os processos contra o ex-presidente, inscrição para o ato do dia 14, distribuição de materiais, adesivos e venda do jornal Causa Operária. A receptividade do público foi muito positiva, oposta a situação dos coxinhas, que se comportam hoje envergonhados com a crise do governo de Bolsonaro, como pode ser comprovado na diminuição brusca dos adesivos “eu apoio a Lava Jato”, muito comuns em Curitiba no período eleitoral ano passado.
Coxinha disfarçado
No entanto, por volta das 12h, um fascista se dirigiu à barraca do mutirão e questionou se os companheiros tinham autorização para estarem fazendo a atividade. Os militantes explicaram sobre o direito à livre manifestação política, garantido na constituição e perguntaram se o senhor era fiscal da prefeitura ou algo do gênero. Para a surpresa das pessoas que participavam da atividade, o coxinha respondeu aumentando o tom de voz e dizendo que os militantes deviam apresentar a autorização antes. Os militantes então rebateram, dizendo que quem devia apresentar a identificação antes era o autointitulado fiscal e questionaram se ele era da polícia, da Lava Jato, se era o Sérgio Moro. Sem saber o que responder, o coxinha começou com ofensas verbais e ao ser chamado de fascista partiu para cima dos militantes (onde se encontrava uma militante grávida), pegando pelo pescoço um militante que estava na frente. O militante se defendeu empurrando com o pé o fascista, que tropeçou no meio fio e terminou no chão, sendo ajudado por algumas pessoas que passavam e aconselharam-no a ir embora.
A tentativa de intimidação fascista se chocou com militantes que estão nas ruas desde o golpe de 2016, acompanharam o desenvolvimento da luta e a crise do regime golpista. O coxinha se baseou num período anterior da situação política, onde a direita agredia a esquerda (vide os diversos ataques ao extinto acampamento Marisa Letícia e à Vigília Lula Livre) sem qualquer ônus. Este período passou, estamos em tempo de Fora Bolsonaro e todos os golpistas e de liberdade para Lula.
Este foi o 7º mutirão na capital, onde o ex-presidente está preso e onde pôde ser comprovado o crescente apoio da população à atividade e o aumento do repúdio ao governo golpista de Bolsonaro. Também foi possível constatar que nestes quase 2 meses de mutirão a hostilidade parte de um grupo específico de pessoas mais velhas, que se colocam como defensores da ditadura militar e anti-comunistas. Os mutirões ocorrem em Curitiba (das 10 às 13h na feira do Largo da Ordem, perto das ruínas de São Francisco). Também ocorreram mutirões em várias outras cidades do Estado, como Londrina, Paranaguá e Paranavaí.
Veja como foi: