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Universidade de Férias: um programa pela revolução proletária

Encerrou-se nesse domingo a mais tradicional atividade de formação política da esquerda brasileira, a Universidade de Férias do Partido da Causa Operária. Nessa sua 44ª versão, a primeira ocorreu em janeiro de 1998, dezenas de militantes, em sua maioria da juventude, de todas as regiões do país, reuniram-se em um hotel fazenda nas proximidades da cidade de Ibiúna, para discutir em profundidade o tema “O programa da Revolução Socialista dos dias de hoje”, tendo como base o estudo do Programa de Transição, elaborado pelo grande dirigente revolucionário russo Leon Trotski que, ao lado de Lênin, comandou a primeira revolução operária vitoriosa da história da humanidade, no maior País do Mundo em extensão territorial, a Rússia.

Escrito como documento base para o Congresso de fundação da IV Internacional, ocorrido em setembro de 1938, em Paris, sem a presença do seu principal formulador, Leon Trotski, então exilado no México, o Programa de Transição é um texto fundamental que embasa a doutrina do PCO e de toda organização revolucionária, marxista, que deseje mobilizar as massas em torno de reivindicações concretas, transitórias, que sirvam como preparação para a tomada do poder pela única classe revolucionária da sociedade atual, a classe operária e suas organizações de luta, estabelecendo um governos dos que produzem a riqueza social, um governo dos operários e camponeses.
Como toda atividade de formação do PCO, A Universidade é uma escola da teoria revolucionária, fundamental para armar os setores mais conscientes da esquerda brasileira para a necessária luta política revolucionária, que precisa ser levada adiante pela vanguarda da classe trabalhadora e demais explorados para por fim ao regime de exploração e miséria da imensa maioria da sociedade, o capitalismo que, em sua fase atual e decadente – o imperialismo – ameaça levar toda humanidade à barbárie, fazendo bilhões de pessoas perecerem nas guerras, fome, miséria, retrocesso social e cultural  que impõe para tentar assegurar os lucros de um punhado de sanguessugas capitalistas que parasitam a imensa maioria produtiva da humanidade.
“A premissa econômica da revolução proletária alcançou já, em geral, o mais elevado grau de realização que possa ser atingido sob o capitalismo. As forças produtivas da humanidade estão estagnadas. As novas invenções e aperfeiçoamentos já não capazes de elevar o nível de riqueza material. As crises conjunturais, nas condições da crise social de todo o sistema capitalista, infligem às massas privações e sofrimentos cada vez mais pesados. O crescimento do desemprego aprofunda, por sua vez, a crise financeira do Estado e mina os sistemas monetários instáveis. Os regimes democráticos, tanto quanto os fascistas, cambaleiam de uma bancarrota a outra”.
O trecho acima, extraído do Programa de Transição, espelha a absoluta vigência do documento para os dias de hoje. Essa é a situação  que impera em todos os continentes. Na América Latina, em particular, vivemos a retomada dos golpes de Estado, da ameaça fascista e da pauperização de amplas massas. A quase totalidade dos países da região sofreram golpes patrocinados pelo imperialismo ou estão sob ameaça de intervenção militar, como é o caso da Venezuela.
No Brasil, o governo imposto pelo golpe e que agora tem a sua versão de extrema-direita busca levar às últimas consequências a política de destruição nacional a favor do imperialismo. Em “oposição” ao avanço do fascismo, uma parte da esquerda brasileira reproduz a mesma política de capitulação e covardia levada pelos partidos comunistas e da social-democracia dos anos 30, que resultaram na ascensão do nazismo e do fascismo e na II guerra mundial.
Como combater o golpe e a extrema direita no Brasil? O significado da palavra de ordem de “Fora Bolsonaro”. O significado e a importância de lutar pela “Liberdade de Lula”. Esses foram temas das discussões que ocorreram à luz do Programa de Transição e da sua atualidade. Ou seja, qual a política para a mobilização sistemática das massas para chegar ao seu seu objetivo central que é a revolução proletária.

“A tarefa estratégica da IV Internacional não está na reforma do capitalismo, mas na sua derrubada. O seu objetivo político é a conquista do poder pelo proletariado pelo propósito de expropriar a burguesia. Contudo, a consecução dessa tarefa estratégica é inconcebível sem a mais atenta atitude para todas as questões de tática, mesmo as pequenas e parciais”. Trocando em miúdos para o Brasil do golpe, podemos perguntar se o golpe vai ser derrotado pela pressão sobre as instituições (legislativo, judiciário) que patrocinaram o golpe, pelas eleições, ou se vai ser a mobilização das das amplas massas, que vincula a luta pelas reivindicações parciais com a luta aberta pela poder, pelo controle do Estado..

Em aulas ministradas por antigos e novos dirigentes do PCO, trabalhadores e estudantes, estudaram e debateram desde as premissas da revolução socialista, examinado o desenvolvimento da situação  política mundial marcada pela “crise histórica de direção!ao do proletariado”, ante a “estagnação das forças produtivas”, em uma quadro em que já não há elevação do nível de riqueza material e em que “a própria burguesia não vê saída” e em vários países se vê forçada “a apostar suas últimas fichas na carta do fascismo”, como assinala o Programa de Transição.
Foi analisado a teses fundamentais da IV Internacional, adotada pelo PCO, de que “as premissas objetivas da revolução proletária não apenas ‘amadureceram’, como já começam a ficar um tanto quanto ‘podres’ e que “sem uma revolução socialista… uma catástrofe ameaça a cultura da humanidade como um todo”. Em resumo, “a crise da humanidade reduz-se à crise da direção revolucionária”.
É por isso, que para a IV Internacional, para a construção do Partido Mundial da Revolução, uma questão fundamental é ” Olhar a realidade de frente; não procurar a linha de menor resistência; chamar as coisas pelo seu nome; falar a verdade às massas, por mais amarga que seja; não temer obstáculos; ser verdadeiro nas pequenas coisas como nas grandes; ousar, quando chegar a hora da acão: tais são as regras da IV Internacional”.
Finalizando essa 44ª edição da Universidade extremamente bem sucedida, a quase a totalidade do militantes que esteve presente na Universidade de Férias participou de uma tarde de agitação e propaganda na Avenida Paulista em São Paulo em torno da campanha pela Liberdade de Lula com banca, faixas, bandeiras, panfletos e com o jornal Causa Operária.
Isso é motivo para uma outra matéria. Para o PCO e para a revolução a condição fundamental é a de que “sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário”.

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