O 35° Conrep foi marcado por um amplo debate sobre a situação política do país, o golpe de Estado de 2016, a prisão de Lula e o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro que promete acabar com todas as empresas públicas do Brasil, a começar pelos Correios.
A insatisfação da maioria dos 140 delegados presentes com o governo fraudulento e direitista de Jair Bolsonaro levou o encontro aprovar como eixo de campanha salarial da categoria para esse ano, a palavra de ordem Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula.
No entanto, os dirigentes sindicais ligados ao PSTU e sua “central”, a Conlutas, defenderam ardorosamente no encontro as mesmas posições direitistas de Jair Bolsonaro e toda corja fascista do Brasil em relação à prisão de Lula.
Enquanto a maioria dos delegados do Conrep, sob a pressão que existe na base da categoria, gritava “Lula Livre” e desfilavam com adesivos de Liberdade para Lula no auditório do encontro, os sindicalistas do PSTU/Conlutas se revezavam no microfone para dizer que Lula é corrupto e tem que continuar preso nas masmorras dos golpistas da Lava Jato.
Uma demonstração explícita do apoio desse partido e de seus militantes ao golpe de Estado no Brasil, à criminosa operação Lava jato e ao ataque aos direitos democráticos de todo povo brasileiro, o que no final das contas reforça o governo golpista de Jair Bolsonaro.
Com o aprofundamento dos debates e o acirramento em torno dessa questão, os sindicalistas do PSTU que estavam sendo taxados de direitistas e antidemocráticos começaram a suplicar pelo falso direito democrático de poder ter um posicionamento contra a Liberdade de Lula, como se fosse democrático defender a tortura, a prisão perpétua, a pena de morte e a ditadura contra os trabalhadores.
Ao final, foi colocada em discussão a palavra de Liberdade para Lula/Lula livre como eixo de campanha salarial da categoria dos Correios esse ano, e já com as suas posições desmoralizadas no encontro, o sindicalista do PSTU/Conlutas, Heitor Fernandes, tentou chantagear o encontro com o argumento de que a luta pela Liberdade de Lula não unifica os trabalhadores, mostrando que eles desejam a unidade com a diretoria da ECT e o governo Bolsonaro que defende a prisão de Lula.
Os trabalhadores dos Correios, delegados ao Conrep, não só derrotaram a política da direita representada pelo PSTU/Conlutas no encontro, como terminaram o evento gritando em alto e bom som: “Quem não defende o Lula, defende a ditadura”.