Em Belo Horizonte, cerca de 30.000 pessoas vieram às ruas na tarde desta terça-feira (13) para protestar contra o governo golpista de Bolsonaro.
Companheiros do movimento estudantil, operário, de professores, de Sem-Terra e de Moradia, de comitês e coletivos de luta, além dos companheiros do Partido da Causa Operária, cruzaram a capital mineira levando para toda a população, da Assembleia Legislativa até a Praça da Estação, as palavras de ordem que não só eram pelo fim dos cortes nos orçamentos universitários ou acabar com a reforma da previdência, mas principalmente exigiam a liberdade do ex-presidente Lula e “Fora Bolsonaro”.
Na verdade, quanto mais agressiva e menos educada a palavra de ordem contra Bolsonaro, maior era a sua popularidade. Ficou claro que, em Minas, o fascista não tem como aparecer na rua sem temer pela própria vida: é simplesmente odiado pelo povo mineiro.
Mas o povo não ficou só no “Fora Bolsonaro”.
Zema também foi alvo constante de palavras de ordem para acabar o mais rápido possível com o seu governo, visto pelo povo como sendo tão golpista e fascista quanto o do Bolsonaro. O governador do Partido Novo está chegando rápido a se mostrar tão ou mais odiado pelo povo mineiro quanto o fascista que tomou o Palácio do Planalto.
Nos discursos, foram lembrados os resultados negativos da economia, o crescente desemprego, o corte de direitos, e que todos estes ataques constantes contra o povo não tinham outro objetivo a não ser mandar ainda mais dinheiro para bancos e empresas monopolistas do imperialismo, ou seja, para a burguesia, que tenta resolver a crise profunda em que se meteu, esfolando o povo brasileiro e outros pelo mundo afora.
Não foi esquecido o grave problema enfrentado pela Venezuela, alvo de um dos maiores crimes do imperialismo norte-americano, através do embargo econômico que visa matar o povo de fome para tentar um golpe contra o governo popular venezuelano, que até hoje resistiu bravamente a todas essas investidas verdadeiramente genocidas.
Todos que estavam nas ruas de Belo Horizonte puderam ver que a mobilização popular pelo fim dos governos golpistas mantém a mesma força demonstrada nos atos anteriores, e tem tudo para crescer rapidamente, não restando duvidas quanto a intensa instabilidade política enfrentada pela burguesia para tentar manter esse governo de extrema-direita no poder.
O povo está disposto a lutar.
Por todos os cantos era claro o que todos querem: atos cada vez maiores e mais frequentes, até a queda de todo esse governo golpista, inclusive no âmbito estadual, com novas eleições já e Lula livre e candidato. Os golpistas não conseguem equilibrar o golpe de jeito nenhum e cada dia fica mais evidente que são as ruas que determinarão os rumos imediatos do país.