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Coronavírus

Baladas, festas… mas onde o povo se contamina é no trabalho!

Imprensa burguesa culpa o povo por aglomerações para acobertar a política genocida dos golpistas, como Bolsonaro e Doria (PSDB), de salvar a economia “morra quem morrer”

O Brasil está prestes a atingir, em dados oficiais, 200 mil mortos por coronavírus (196.561 no boletim de 04/01/21)! “A responsabilidade é do povo”, que por “falta de consciência” se aglomera em bares, festas, baladas, como ocorreu na virada do ano, explica a imprensa burguesa. Esta propaganda ultra reacionária e cínica, tem como objetivo ocultar o crime da burguesia e de seus governos, que mantiveram o povo se aglomerando no transporte coletivo para preservar a “economia”, leia-se, o lucro dos capitalistas, em detrimento de centenas de milhares de vidas.

Através de artigos, reportagens, programas de TV e de internet, memes nas redes sociais, a burguesia faz uma propaganda reacionária, que tem como objetivo culpar o povo, que é vítima da pandemia, como o maior responsável por ela.

A grande quantidade de conteúdo mostra o quão insistente e ridícula é a campanha, que encontra respaldo na direita, que tem interesse direto em ocultar seus crimes, mas também em setores da esquerda, que na falta de uma política para os trabalhadores, arremedam a direita.

Governos da direita

Mesmo sendo público, notório e escancarado que o transporte coletivo era, e ainda é, o principal meio de contágio do coronavírus, os governos não fizeram absolutamente nada para evitar a aglomeração nos metrôs, ônibus, trens, entre outros.

Menos ainda fez o governador “científico” João Doria (PSDB), que neste caso tem ainda mais responsabilidade que o próprio presidente ilegítimo, dado que o governo de São Paulo tem poder direto sobre o metrô, por onde passam dezenas de milhões de trabalhadores todos os dias. Neste sentido, apesar de Bolsonaro ter uma responsabilidade política pelas centenas de milhares mortos por coronavírus no País. Doria é responsável diretamente por quase 50 mil (46.888), pessoas no estado de São Paulo, só em dados oficiais.

Bolsonaro, Doria e os demais governantes da direita nunca fizeram nada sobre essas aglomerações. Houve casos inclusive, como o prefeito Bruno Covas (PSDB), que ao invés de aumentar a frota de ônibus para evitar a aglomeração, a diminuiu. É uma piada.

É como se o coronavírus fosse um capitalista e tolerasse o risco que os trabalhadores enfrentam ao se aglomerarem às centenas de milhões todos os dias no caminho para o trabalho. Afinal, o trabalhadores estariam arriscando suas próprias vidas para não deixar faltar comida e luxo na mesa e na vida do patrão. Logo, seria um risco aceitável, para os patrões. Entretanto, quando estes mesmos trabalhadores, que ficaram a semana inteira se aglomerando no trajeto para o trabalho, vão num bar, ou festa, onde há centenas de pessoas, com objetivo de lazer, ou seja, tempo ocioso, que não estaria gerando dividendos para os capitalistas, trata-se de um risco inaceitável. Pois os patrões estariam preocupados com os trabalhadores pegarem coronavírus, ficarem doentes e mesmo morrerem, o que significariam pessoas a menos “para ganhar o pão” para os burgueses.

É um escárnio!

O transporte coletivo é o meio pelo qual os trabalhadores saem de suas casas e vão até as fábricas e empresas produzir toda a riqueza nacional, que é apropriada pelos patrões (que escolhem políticos como Bolsonaro e Doria, para manter seus privilégios) enquanto os trabalhadores morrem de coronavírus, na miséria. Isso tudo para sustentar o apodrecido sistema capitalista, ou o “salvar a economia”.

Diante dessa palhaçada, criminosa da direita golpista e da sua omissão ao fato de dezenas de milhões de pessoas se aglomerarem todos os dias nos transportes coletivos espalhados pelo País, especialmente no metrôs, trens e ônibus das grandes capitais, qualquer medida não passa de demagogia e deveria ser agressivamente denunciada e combatida por toda a esquerda nacional.

O fato do governador fascista João Doria falar em isolamento social – quando algumas dezenas de milhares de servidores públicos do estado de São Paulo, mais algumas dezenas de milhares de profissionais liberais ficam em casa, enquanto milhões de trabalhadores seguem se empilhando no transporte público, numa verdadeira “lata de sardinha” – é um escracho com a vida e a inteligência da população e deveria ser motivo para a esquerda declarar guerra a um elemento tão cínico.

Neste sentido, para a extrema direita e a direita tradicional, culpar o povo é uma grande “mão na roda” para esconder seus crimes contra o próprio povo. Mas, ainda pior que isso, há setores da esquerda que, na falta completa de uma perspectiva de luta para os trabalhadores, defenderam que para salvar a população do coronavírus era necessário apoiar Doria contra Bolsonaro, pois o tucano estaria adotando medidas para combater a pandemia.

O ódio a suposta “falta de consciência” do povo e a tolerância aos golpistas, como Doria, tem se tornado uma postura histérica de setores da esquerda, que correspondem aos enfurecidos das redes sociais que se dedicaram, nos útlimos dias a “cancelar” o jogador brasileiro Neymar Jr., devido à informações da imprensa burguesa de que o atleta teria realizado uma festa de réveillon para centenas de pessoas.

Ou seja, com respaldo nos discursos da direita e da esquerda pequeno-burguesa, a burguesia culpa o povo (vítima da pandemia) para dar cobertura a todos os crimes decorrentes da política genocida dos golpistas, como Bolsonaro e Doria (PSDB). Isso tudo, enquanto, por outro lado, isenta os patrões, para lucrarem “morra quem morrer” e ainda incentiva a reabertura do comércio, a volta às aulas, entre outros.

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