Segundo boletim diário publicado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado teve, ontem (16), o maior número de mortos registrados em um dia apenas. Foram 118 novos óbitos, contra 105 da segunda-feira (15).
Novos 4.608 casos foram notificados no estado inteiro.
Na capital, Salvador, foram registrados 30 mortes e 888 novos casos. Isso significa que a doença está muito forte no interior do estado.
Como já é sabido, a Bahia, apesar da sua importância política e econômica, é um dos estados mais pobres do Brasil. Em municípios do interior do estado, a saúde pública praticamente inexiste. Aproximadamente 80% dos municípios da Bahia estão em situação falimentar crônica, necessitando de ajuda externa para conseguir até mesmo pagar o 13º dos seus funcionários.
O governador Rui Costa (PT) não parece ter força e nem vontade política para agir de maneira enérgica contra a doença. Enquanto o povo morre como mosca, o governador encerrou o funcionamento do trem do subúrbio de Salvador, jogando recursos, que poderiam ser usados para combater a doença, em uma obra que poderia ser feita em outro momento. Também há o ridículo toque de recolher, que pelos números, não parece ter sortido o efeito desejado. Pelo contrário, a população está se aglomerando mais ainda devido às restrições de horários impostas.
Em Salvador, o prefeito-fantoche, Bruno Reis (DEM), controlado por ACM Neto, foi ao absurdo de retirar a meia passagem aos domingos, aumentando, ainda mais, os custos da população soteropolitana já empobrecida. Enquanto chicoteia o lombo dos trabalhadores, Bruno Reis e sua administração despejam montanhas de dinheiro nos tubarões do transporte de Salvador.
A prefeitura de Salvador, desde o início da pandemia (quando o prefeito era ACM Neto), comprou milhares de passagens de ônibus para a manutenção do lucro dos parasitas que controlam o transporte público na capital. A justificativa dos golpistas do DEM é de garantir o pagamento dos salários dos rodoviários. Uma completa fraude.
ACM Neto e Bruno Reis diminuem a frota, obrigando o povo a viajar amontoado em verdadeiros navios negreiros. Tudo para garantir os lucros da nauseabunda burguesia baiana.
Tanto o governador quanto os prefeitos baianos fazem pouca ou nenhuma coisa. O argumento de que “pelo menos está fazendo alguma coisa” é falacioso. A doença continuará se espalhando pelo estado enquanto os governantes preferirem fazer transmissões ao vivo nas redes sociais para colocar a culpa no povo (a verdadeira vítima) pela disseminação da doença.