O Ministro fascista do Meio Ambiente Ricardo Salles veio até o município de Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia, para lançar a “Pedra Inaugural da Privatização” do Parque Nacional do Pau-Brasil. A entrega desse imenso patrimônio de mais de 18 mil hectares para a exploração desenfreada das empresas privadas realizada sem uma ampla divulgação e esclarecimento da população, e muito menos para os atingidos pela criação da unidade de conservação.
Houve uma rápida e cara cerimonia para atender o ministro bolsonarista e grande parte dos funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação foram convocados para participar da cerimonia para que esta não ficasse esvaziada, pois a população foi impedida de participar.
Enquanto o patrimônio ambiental era entregue para os empresários interessados no lucro oriundo da visitação, há menos de 20 quilômetros outra unidade de conservação estava sendo destruída pelo fogo.
O Parque Nacional do Monte Pascoal, onde localiza-se o monte que teria sido avistado pelos portugueses na chegada ao Brasil e por isso também de grande importância história, com seus mais de 22 mil hectares estava ardendo em chamas. E pasmem, os indígenas que combatiam o fogo sem o mínimo de estrutura que poderia ser fornecida pelo próprio Ministério do Meio Ambiente comandado pelo fascista.
Mas esse tipo de política sempre é colocado em prática pela extrema-direita privatista, deixam o parque ser destruído pelo fogo para criar um clima favorável e justificável para a privatização do Parque Nacional do Monte Pascoal.
Em vez de combater o fogo ou, no mínimo, enviar recursos para que os povos indígenas combatam o fogo na unidade de conservação, o fascista Ricardo Salles e seus capachos que comandam o ICMBio gastam tempo para montar uma cena e a procura de “provas” para incriminar os movimentos sociais, partidos políticos, indígenas e a população local que queriam explicações sobre o processo de privatização.
Essa situação tem que ser denunciada amplamente pela população da região e, em especial, para as comunidades do entorno e comunidades indígenas que dependem do turismo dessas unidades de conservação.
É por isso que a privatização ocorre “as escondidas” e em atividades e consultas bem controladas. Fazem isso para esconder os verdadeiros objetivos da privatização e tirar o poder de decisão das comunidades que vivem há centenas de anos como posseiros ou comunidades indígenas e são os verdadeiros interessados na proteção dos recursos naturais.
Vejam os vídeos do incendio que há semanas destroem o Parque Nacional do Monte Pascoal