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Bahia em pé de guerra contra Rui Costa: o que os militantes do PT devem fazer

O Governador da Bahia, Rui Costa ( PT) foi eleito no primeiro turno nas últimas eleições, através de uma campanha que tinha como mote a defesa que era preciso manter no executivo baiano um governo do PT para combater a direita baiana, dirigida pelo neto de ACM e mais que isso a vitória da reeleição de Rui Costa serviria como um contraponto institucional ao avanço do bolsonarismo.

Entretanto, o que os trabalhadores baianos, em especial, os servidores públicos e os docentes das universidades estaduais estão constando é que Rui Costa, tem adotado de maneira consciente uma política de ataques contra os servidores e contra as universidades de uma maneira muito semelhante da realizada pelo governo da extrema direita em Brasilia.

O corte nos salários dos docentes em greve, a acusação tipicamente da direita sobre a “ partidarização” da greve e as recentes declarações que “ não cobrar mensalidades nas universidades públicas é um Tabu”, e portanto deveria ser cobrada mensalidades, evidenciam o caráter não somente conservador, mas privatista, no bom estilo neoliberal do governo baiano.

Evidentemente que essas declarações provocaram a indignação e rejeição dos trabalhadores e da comunidade universitária baiana. Além disso, a política bolsonarista do governador Rui Costa provocou um repúdio no interior do próprio PT, uma parcela da militância do PT reagiu com consternação aos ataques que o governador pertencente a um partido de esquerda, que foi eleito pregando a defesa do ensino público, simplesmente tem se transformado em feroz inimigo da educação pública.

Dessa forma, a Juventude nacional do PT lançou nota contra as declarações do governador Rui Costa. “É com espanto que a Juventude do PT e o conjunto da militância petista recebem a notícia de que o Governador Rui Costa, em um almoço com jornalista, declarou que as universidades públicas deveriam cobrar mensalidade “das pessoas que podem”. Rui Costa ignora as posições históricas do seu partido e os avanços proporcionados pela política de Cotas nas Universidades da Bahia e do Brasilhttps://www.metro1.com.br/noticias/politica/73795,juventude-do-pt-critica-rui-por-defesa-de-mensalidade-em-universidades.

As declarações de Rui Costa em defesa da cobrança de mensalidades nas universidades públicas, contra a autonomia universitária não são um “ raio em céu azul”, são evidentemente agressivamente contra os trabalhadores merecem o repúdio, mas não são uma novidade  propriamente dita, o governador já vem em uma escalada direitista e bolsonarista, que se intensificada cada vez mais, inclusive diante da greve dos docentes das universidades. Neste sentido, o “ espanto” da esquerda do PT diante das declarações do Rui Costa é revelador, que a política de panos quentes e criticas secundarias a política bolsonarista do Rui Costa não tem dado muito resultado, e tem servido apenas para desmoralizar os setores de luta do PT diante das massas populares.

A evolução dos acontecimentos recentes revelam que o percurso direitista de Rui Costa não é uma mera improvisação, ou uma “ declaração infeliz”.  Antes mesmo de tomar posse para o segundo mandato, Rui Costa aprovou na ALBA( Assembleia Legislativa da Bahia)em dezembro de 2018, um pacto de maldades  contra os servidores públicos baianos, estabelecimento entre outras coisas o aumento da contribuição previdenciária dos servidores e o desmantelamento do plano de saúde dos servidores ( Planserv). Estas medidas tomadas já evidenciavam que o governo baiano estava disposto a aplicar a pauta bolsonarista.

As continuas declarações do governador de buscando uma aproximação com o governo Bolsonaro foi evidenciando para o povo que a política estabelecida por Rui Costa está na contra mão dos interesses populares. Já na ocasião da posse de Bolsonaro, repetindo o gesto de Haddad, o governador baiano afirmou que desejava “ Boa sorte Bolsonaro”. Em seguida, afirmou que deveria se discutir e aprovar pelo menos parcialmente o pacote “ anti-crime” do ministro da justiça Sergio Moro, que entre outras coisas permite um “ salvo conduto” para os policiais assassinarem  impunimente. Em relação a questão da Reforma da Previdência, junto com os demais governadores de “ esquerda” do Nordeste, acena com uma negociação por uma Reforma Previdência.  

Um ponto fundamental que explica essa trajetória é o fato que o governo baiano é constituído por diversos setores egressos do carlismo como os senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, e o vice- governador João Leão. Neste sentido, é fundamental que os militantes do PT que são contrários a política bolsonarista de Rui Costa travem uma luta não somente contra as declarações, mas contra a política de colaboração de classe com a direita baiana no interior da própria composição governamental. È preciso romper com os aliados carlistas que dão o eixo político do governo “ petista” de Rui Costa, que não por acaso, é favorável ao Fica Bolsonaro.

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