No dia 27 de dezembro, o ativista contra a repressão policial Pedro Henrique Souza teve sua casa invadida por três homens encapuzados, na cidade de Tucano (Bahia). Eles lhe deram voz de prisão, o renderam e executaram com dois tiros .
O caso foi noticiado pelo portal Mídia 1508 no último dia 12. Segundo o veículo, após cair na cama com os dois tiros recebidos, Pedro ainda foi alvejado por outros disparos, na cabeça. Os homens também roubaram seu celular e fugiram de carro.
De acordo com o portal, Pedro era ativista dos direitos humanos e há anos denunciava a repressão da polícia, tendo sofrido uma série de represálias por suas denúncias. Em 2012 ele já havia sido agredido por policiais, tendo entrado na justiça contra eles mas, como o judiciário tem como uma de suas especialidades acobertar outros órgãos de repressão do regime, nada aconteceu.
O Mídia 1508 cita o Atlas da Violência 2018, que revela que a polícia da Bahia é a terceira que mais mata no Brasil. Segundo dados de 2016, a repressão do estado matou 457 pessoas e a taxa de homicídios cresceu 97,8% nos últimos dez anos.
A Polícia, não só a baiana mas a de todo o Brasil (e em todos os países capitalistas) é um órgão de extermínio do povo negro e pobre, trabalhador, a serviço dos interesses da burguesia, a fim de proteger a sua propriedade e seu regime de exploração. Por isso, os trabalhadores e a população explorada devem lutar pela extinção da polícia e, em seu lugar, colocar milícias operárias para organizar a segurança dos trabalhadores. Para que isso ocorra, os trabalhadores devem organizar comitês de autodefesa e lutar pela legalização do porte de armas, não apenas da posse, uma vez que, na prática, isso não atende aos plenos interesses do povo oprimido.