O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) denunciou em seu sítio que na terça-feira (11) cerca de 80 famílias sofreram despejo. Elas estavam acampadas no acampamento Mãe Terra, localizado no município baiano Boa Vista do Tupim, na chapada da diamantina.
Oito anos após da ocupação das terras, que iniciou em 2011, as famílias perderam toda sua produção. Segundo o MST, “As famílias perderam toda a produção que girava em torno de mandioca, milho, abobora, amendoim, palma, mamona e quiabo, além de galinhas, porcos e cabras,Toda a produção alimentava também a cidade de Boa Vista do Tupim e os trabalhadores e trabalhadoras do campo lamentaram a forma desonrosa e mesquinha com a qual foram despejados”.
O ataque contra as famílias do acampamento Mãe Terra começou em Fevereiro deste ano, um mês após a posse do fascista Jair Bolsonaro, quando os latifundiários se juntaram à polícia para intimidar os sem terra, com a prisão ilegal de dois militantes da organização.
Com o governo Bolsonaro, esse tipo de medida só tende a aumentar. Mesmo com o governo fraco, os golpistas não perdem tempo. Principalmente no campo, onde a luta política é mais dispersa.
Vale lembrar que, como muito parecido no Brasil, a ofensiva fascista na Itália, que levou Mussolini ao poder, também começou nas áreas rurais, de forma que aos poucos, destruindo os mais fracos, os fascistas conseguiram derrotar a classe operária – por conta da vacilação das direções.
Por isso, é preciso sair às ruas e colocar os fascistas e jagunços de volta para o esgoto de onde vieram. Isso começa pela derrubada do governo Bolsonaro e a derrota dos golpistas.