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ONU: órgão do imperialismo

Bachelet e Guterres limitam-se a demagogia sobre sanções imperialistas

Não cabe outra conclusão, quando o impensável, que se traduz pela ação genocida dos embargos econômicos em tempos de Covid19, não tem pela ONU um foro de condenação veemente.

A política criminosa dos Estados Unidos da América, que impõem um embargo econômico à países como Irã, Venezuela, Cuba e Coreia do Norte, impede o sucesso desses países no combate efetivo contra o coronavírus, e se afirma com uma medida genocida e desumana, além de arriscar novos focos do Coronavírus e a sua disseminação por mais tempo. 

É o que acontece com o Irã, sujeito a sanções abrangentes dos Estados Unidos por causa de seus programas nuclear e de mísseis, e que está entre os mais atingidos pela Covid-19. A Venezuela, por sua vez, já notificou 113 casos à Organização Mundial da Saúde (OMS), e a isolada Coreia do Norte, que faz fronteira com a China e a Coreia do Sul, ainda não informou nenhum. 

Em Cuba, onde o embargo foi decretado em 62 e já dura quase 60 anos, a medida impediu que uma empresa de transportes norte-americana, e que se recusou a entregar 100 mil máscaras e 10 kits de diagnóstico para não infringir a lei do bloqueio dos EUA, chegassem da China para auxiliar no combate ao Covid19.

O Secretário Geral da ONU António Guterres, apresentou um relatório sobre a Covid19 e direitos humanos. O documento exige o levantamento e a suspensão de sanções unilaterais, para que os países afetados possam garantir o direito à vida e à saúde.

Na semana passada, a chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, médica e ex-presidente do Chile, fez um apelo por um abrandamento ou a suspensão das sanções.

“É vital evitar o colapso do sistema médico de qualquer país, dado o impacto explosivo que isso terá nas mortes, no sofrimento e no contágio mais amplo”, disse Bachelet em um comunicado

Uma especialista em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta terça-feira a suspensão de sanções internacionais contra países que vão do Irã e a Coreia do Norte à Venezuela para garantir que suprimentos de comida cheguem a populações famintas durante a pandemia de coronavírus.

“A imposição contínua de sanções econômicas danosas à Síria, Venezuela, Irã, Cuba, e, em menor grau, Zimbábue, para citar as instâncias mais proeminentes, mina severamente o direito fundamental dos cidadãos comuns a alimentos suficientes e adequados”, disse Hilal Elver, relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação, em um comunicado.

Elver, uma especialista independente, disse ser uma questão de “urgência humanitária e prática, suspender sanções econômicas unilaterais imediatamente”.

Não obstante os pronunciamentos que fez, a ONU não vai além disso, e não tem nenhuma alternativa prática para acabar com essas sanções unilaterais que violam o direito internacional e os direitos humanos, como seria se fosse, por exemplo, feitas denúncias contundentes dessas violações, de maneira sistemática e de forma mais agressiva, tanto  pelo Secretário Guterres, quanto por Bachelet, que além de ser alta comissária dos Direitos Humanos da organização, é médica e foi presidenta do Chile pelo Partido Socialista, ou seja, uma esquerdista.

A postura de Bachelet denuncia seu caráter de esquerda pequeno burguesa alinhada com o imperialismo estadunidense. Fica muito clara essa postura por manifestações que faz, a pretexto de ofensa aos direitos humanos, contra a Venezuela, denunciando “possíveis casos”, e que nem confirmados são, de execuções extrajudiciais, torturas e maus-tratos contra presos, alimentando à já conhecida propaganda burguesa integrante de uma campanha pesada, encomendada para desmoralizar o governo de Maduro e influenciar a opinião pública do mundo, e o povo venezuelano, principalmente, com o intuito de fortalecer o apoio ao golpe de estado que o imperialismo pretende com Guaidó. 

Também, o que esperar da ONU, uma instituição, cuja lógica que liga esse grande foro democrático de debate das nações do mundo a um corpo executivo e responsável pela tomada das decisões mais importantes, mas que tem como fundamento uma política institucionalizada e que opera em função de um condomínio que reúne as potências imperialistas, notadamente,  Estados Unidos, França e Inglaterra, e , consequentemente, determina as ações do seu Conselho de Segurança, único órgão detentor da prerrogativa excepcional de autorização do uso da força na seara internacional, em nome de uma pretensa segurança coletiva.

Além disso, a ONU é financiada pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, cuja moeda principal ainda é o dólar, o que dispensa grandes comentários sobre qual política defendem.

Diante disso, Bachelet e Guterres não são mais do que fantoches nas mãos do imperialismo fazendo jogo de cena, e, como diz uma expressão popular, manifestações “para inglês ver”. O que faz com que esses países estejam, irremediavelmente, nas mãos do imperialismo estadunidense, e que, com sua política tirana e genocida, nunca se distanciará de seu objetivo que é enfraquecer esses países, impedindo a liberdade de ação, mesmo em tempos de Covid19, para que cedam à sua perniciosa interferência e o favoreça nas questões econômicas que lhe convém.

 

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