Centenas de mulheres se reuniram sábado em Paris para protestarem contra a violência doméstica e o assassinato de mulheres que só vem aumentando no país.
As mulheres gritavam “Chega” ,portavam cartazes dizendo “Parem com os feminicídios” ou “O planeta precisa de mulheres vivas” e fizeram 74 minutos de silêncio em homenagem às 74 mulheres assassinadas desde o início do ano. Elas denunciaram o aumento da violência conjugal e exigiam uma ação mais dura contra os feminicídios na França.
A média de mortes de mulheres no país nos últimos 10 anos era de 140 crimes por ano. Com o avanço da extrema-direita esse número só vem aumentando e só na última semana, quatro mulheres foram assassinadas em casos de violência doméstica.
No Brasil, a situação é ainda pior, desde o Golpe de Estado os ataques a mulher só vem aumentando. De 2017 até agora foi constatado um aumento de 21% nos casos de assassinatos de mulheres.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) chegou a manifestar preocupação quanto o aumento de assassinatos de mulheres no Brasil no início deste ano. Segundo a comissão, em 2019, 126 mulheres brasileiras foram mortas apenas até o início de fevereiro, além do registro de 67 tentativas de homicídio. Os números já são altos, porém vale lembrar que muitos casos não são divulgados, para assim esconder os números alarmantes de feminicídios no Brasil que só crescem com o avanço da extrema-direita.
Há tempos estamos denunciando os ataques do presidente Macron contra a população francesa, principalmente contra os imigrantes e as mulheres. Macron e Bolsonaro seguem a política fascista da extrema-direita. Os dois são impopulares, odiados pela população que cada vez mais se manifestam contra o governo, que vive uma intensa crise política.
As mulheres francesas, brasileiras e todo o povo oprimido pela política capitalista precisam se unir para derrubarem esse regime golpista que só ataca as mulheres e toda a classe trabalhadora. Só assim com a derrubada desse regime a libertação da mulher será alcançada.