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Avança perseguição ao PT: Pimentel é investigado pela PF

Com o Golpe de 2016 consumado, com o impeachment da presidenta Dilma, avançaram as estratégias de criminalização do Partido dos Trabalhadores, dos sindicatos e movimentos sociais, com vistas a garantir que, em 2018, as eleições fossem vencidas pela direita com grande folga.

No entanto, com o desastre do governo Temer e a mobilização popular contra suas políticas – que impediu a aprovação da Reforma da Previdência naquele momento, a falta de opção à direita para concorrer com chances de vitória as eleições presidenciais de 2018, fez-se um grande esforço para derrotar a esquerda nos Estados, principalmente nas eleições majoritárias, e aqui falamos das fraudes, do uso habitual da imprensa burguesa para disseminar ataques aos adversários, do uso das redes sociais para acirrar os ânimos e incentivar o ódio à política e a políticos específicos, o tradicional caixa 2 entre outras estratégias sujas.

Fernando Pimentel, ex-governador de Minas Gerais pelo Partido dos Trabalhadores, sempre foi um nome de peso no partido, comandando o segundo maior colégio eleitoral do país, depois de ter derrotado o PSDB no estado, foi alvo frequente dos ataques do judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal tucana.

Agora que Sérgio Moro tem sido desmascarado junto com grande parte do Ministérios Público, em particular os procuradores da Lava Jato, e considerando, por isso mesmo, que o Partido dos Trabalhadores ganhe força nesse momento, como vítima de um conluio, e Lula apareça como verdadeiro preso político para todo o país, um perseguido político, a direita e a extrema-direita agem desesperadamente para manter o PT carimbado como criminoso, corrupto, responsável pelos males do país.

Fernando Pimentel é a bola da vez. Não teve um governo fácil. Já em 2016, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção passiva, lavagem e ocultação de bens e valores, por ter, supostamente, solicitado e recebido vantagens indevidas no período em que exerceu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), o desembargador Herman Benjamin fez de tudo para que a ação seguisse e demonstrava claramente que iria condená-lo.

Em 2017, a Polícia Federal abriu sindicância contra o então governador Fernando Pimental sob acusação de obstrução da operação Lava Jato, arquivada em agosto por falta de provas.

Em dezembro de 2017, o mesmo STJ aceitou denuncia contra Pimentel e o tornou réu, suspeito de ter recebido propina da Odebrecht.

Em abril de 2018, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) acatou pedido de impeachment e instalou comissão especial para analisá-lo, mas posteriormente suspendeu sua tramitação.

Em setembro de 2018, Pimentel foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) por 7 votos a 0 da acusação de caixa 2 referente à eleição de 2014.

No final de 2018, por conta das eleições  majoritárias, o PSDB e coligação pediram a cassação de Fernando Pimentel junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que foi julgado improcedente.

Em março deste ano, 2019, a juíza da 32ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte aceitou denúncia e abriu uma ação contra Pimentel e mais quatro pessoas, acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro em benefício próprio na disputa das eleições de 2014.

Em abril de 2019, o TRE-MG acatou denúncia  Pimentel, por falsidade ideológica, em que é acusado de prática de caixa 2 na campanha ao Senado em 2010.

No dia 11 de abril de 2019, MPF, Polícia Federal (PF)e Receita Federal (RF), deflagraram a operação “E o vento levou” – que seria a quarta fase da operação Descarte, objetivando apurar supostos desvios de valores de contratos firmados entre empresas do ramo de energia, com posterior repasse de parte do dinheiro, por meio de superfaturamento, para empresas privadas.

No dia 25 de julho de 2019, a PF deflagrou a 2ª fase da operação “E o Vento Levou”. Nesse mesmo dia, a juíza federal Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, determinou a quebra de sigilo telefônico do ex-governador Fernando Pimentel no âmbito da mesma Operação.

Ontem, dia 12 de agosto de 2019, a mesma PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-governador de Minas Gerais em operação que seria um desdobramento da Operação Acrônimo, sobre suspeita de delitos eleitorais.

Não é muito difícil identificar a mão de Sérgio Moro, agora Ministro da Justiça, portanto o chefe da Polícia Federal, nessa acelerada investida da PF contra Fernando Pimental. Estando acuado e correndo sérios riscos de ser chutado do governo, continua atuando contra a esquerda e vai aumentar a violência contra os seus adversários. Moro é tão fascista e violento como seu chefe Bolsonaro.

Vai perseguir quantos puder, enquanto não for detido. Somente vamos vencer a extrema-direita golpista nas ruas.

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